receita líquida total do setor cresceu 0,6% em agosto em relação a julho


Os investimentos em máquinas e equipamentos registraram ligeiro crescimento em agosto ante julho, o que determinou um pequeno aumento de 0,6% na receita líquida total do setor na mesma base de comparação. Os dados estão sendo apresentados nesta quarta-feira, 1, em coletiva de imprensa concedida pela diretoria da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo.

Se na margem o faturamento da indústria apresentou ligeiro crescimento, na comparação interanual, de agosto comparativamente ao mesmo mês do ano, o setor registrou um recuo de 5,6%. Nos acumulados de janeiro a agosto e dos últimos 12 meses, também findos em agosto, a Abimaq registrou respectivos avanços de 10,6% e 7,6%.

Em linhas gerais, a leitura dos dados feita pela associação é a de que o mês de agosto de 2025 registrou retração nos investimentos em máquinas e equipamentos. Isso porque, no período em análise, “houve queda na aquisição de bens importados e nos produzidos localmente”.

“Foram consumidos no período R$ 34,3 bilhões em máquinas e equipamentos, 10,7% abaixo do resultado do mesmo mês do ano de 2024, queda de 4,7% ante o mês anterior, ou -14,8% com ajuste sazonal”, lê-se no material de apresentação dos números de agosto a que a Broadcast teve acesso.

No mercado interno, o setor de máquinas e equipamentos movimentou R$ 19,7 bilhões em agosto, queda de 13,2% sobre o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, que compreende o período entre janeiro a agosto, o setor registrou crescimento de 12,7% em relação a 2024, indicando também desaceleração. Até julho o crescimento acumulado era de 17,9%.

Política Monetária e Tarifaço

“Esse desempenho na receita do setor veio em linha com as expectativas. Para os próximos meses a tendência é de manutenção da desaceleração, reflexo da política monetária contracionista e agravada pelo tarifaço sobre os produtos da indústria de máquinas e equipamentos. As exportações de máquinas direcionadas aos EUA representam cerca de 7% da receita do setor”, diz a Abimaq.

As exportações de máquinas e equipamentos atingiram US$ 1,262 bilhão em agosto, mostrando uma queda de 0,5% em relação ao mês anterior, mas crescimento de 33,6% em relação ao mesmo mês de 2024. Com esse resultado, de janeiro a agosto o setor passou a registrar estabilidade nas exportações, com uma ligeira queda de 0,1%.

No período houve recuo nos preços médios de máquinas no mercado internacional da ordem de 2,4%, mas incremento de 2,8% na exportações em quantidade. Apesar da estabilidade, houve, entre os grupos de produtos exportados, incremento nas vendas de máquinas agrícolas, de máquinas para bens de consumo não duráveis e de componentes. O maior crescimento ocorreu nas vendas para os países da América do Sul e em maior escala na Argentina, Chile e Peru.

As importações de máquinas e equipamentos registraram queda no mês de agosto, tanto na comparação mensal, de 11,4%, quanto interanual, de 0,2% totalizando US$ 2,575 bilhões. No ano as importações alcançaram o montante equivalente a US$ 21,19 bilhões, valor 9,1% superior ao registrado no mesmo período de 2024 e o maior valor da história para o período.

A queda de 3,3% nos preços médios das máquinas importadas ao longo do ano anulou parte da desvalorização de 9,4% do real e viabilizou a maior entrada de máquinas, em quantum no País, de 12,3%. Ate o mês de agosto o déficit na balança comercial de máquinas e equipamentos foi de US$ 12,9 bilhões, aumento de 15,9% em relação ao ano de 2024.

Capacidade instalada

O nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) do setor de máquinas e equipamentos registrou estabilidade em relação ao mês de julho, mas superou em 2,9% o resultado de agosto de 2024. Em agosto, o setor atuou com 78,8% da capacidade instalada total.

A carteira de pedidos, após ter crescido 2,1% em julho de 2025, recuou 2,5% no mês de agosto. Houve piora nas carteiras da maioria dos setores, mas as maiores ocorreram nos setores de máquinas agrícolas e de máquinas para a indústria de transformação.

Em média, o setor está com carteira de pedidos igual ao registrado no final de 2024, mas inferior em 2,3% à observada em agosto de 2024.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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