O Ibovespa renovou logo cedo máxima histórica, ao atingir 147.578,39 pontos, cerca de vinte pontos acima do registrado ao longo da sessão da segunda-feira (147.558,22 pontos). Porém, o ambiente cauteloso em Nova York, principalmente, somado à parcimônia interna com o fiscal limita o desempenho do Índice Bovespa, além do recuo das commodities. Nesta terça-feira, 30, investidores avaliam dados do mercado de brasileiro e dos Estados Unidos, onde há risco de paralisação da máquina pública.
A alta do Ibovespa ocorre apesar da queda das commodities e dos índices de ações do ocidente, mas perdia fôlego perto das 11 horas. “O índice pode ter melhor desempenho com propensão a riscos dos investidores do exterior, mas depende do minério, do petróleo e das commodities agrícolas, que estão pressionando os mercados para baixo”, adverte Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil.
Para Patrick Buss, operador de renda variável da Manchester Investimentos, os mercados também estão bem otimistas com o encontro entre o presidente Lula e o presidente dos EUA, Donald Trump, esperado para acontecer nos próximos dias. “depois do sinal de que essa reunião pode acontecer, animou o mercado, além da expectativa de mais cortes nos EUA neste ano”, diz.
O minério de ferro fechou em queda de 0,64% hoje em Dalian, na China, onde houve avanço da atividade industrial em setembro, o que entra como fator de certo alívio em relação à percepção sobre a economia chinesa. Já o petróleo recua mais de 1%, diante de temores de aumento na oferta do óleo e em meio ao plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar a guerra na Faixa de Gaza.
Ainda fica no foco a informação de que a estatal China Mineral Resources Group (CMRG), criada por Pequim para reforçar a influência do país no comércio global de minério de ferro, ordenou às principais siderúrgicas e comerciantes chineses para que suspendam temporariamente as compras de todos os novos carregamentos do grupo britânico BHP. As ações da Vale miram alta apesar da queda do minério.
Na seara macroeconômica, as atenções recaem sobre o fiscal e nos dados de emprego informados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desemprego no trimestre finalizado até agosto repetiu o nível do verificado antes e ficou igual à mediana das estimativas. Isso pode levar à leitura de algum enfraquecimento do mercado de trabalho, reforçando apostas de queda da Selic no início de 2026.
“Ontem, o Caged manteve a leitura de menor ritmo da geração de empregos formais. De todo modo, ainda que pequenos recuos possam ocorrer, não são esperados movimentos relevantes na curva de juros, limitada pela postura firme do BC e pela percepção de fundamentos fiscais frágeis”, pontua em nota Silvio Campos Neto, economista sênior e sócio da Tendências Consultoria.
Quanto ao fiscal, técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) emitiram um alerta ao governo Lula de que retirar despesas das regras fiscais contraria os princípios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e diminui a transparência das contas públicas. O alerta pode dificultar a estabilização da dívida.
Apesar das preocupações, o principal indicador da B3 sobe perto de 3,8% em setembro, marcando, por ora, o melhor nível para o mês em seis anos. O entusiasmo reflete principalmente perspectivas de mais dois cortes de juros nos Estados Unidos em 2025, o que tem atraído investidores do exterior, que passam a direcionar recursos para países emergentes como o Brasil. “O que tem movimentado é o fluxo de estrangeiro”, diz Matheus Amaral, especialista de renda variável do Inter.
“O mês de setembro começou com tudo pesado, uma sequência muito forte de quedas no início do mês”, recorda Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos. No ano, avança quase 23%. “Temos uma das melhores performances do mundo em variação”, diz em nota.
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou com valorização de 0,61%, aos 146.336,80 pontos.
Às 11h06, o Índice Bovespa subia 0,28%, aos 146.764,09 pontos, após mínima de abertura em 146.337,37 pontos, com variação zero. Petrobras caía entre 0,72% (PN) e 1,43% (ON). Ações de grandes bancos eram destaque de alta de até 1,73% (Bradesco ON). Em Nova York, as bolsas caíam de forma moderada.
Por: Estadão Conteúdo
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