Empresário confessa ter matado gari em BH, afirma polícia


Por Redação O Estado de S. Paulo – 19/08/2025 12:59

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, o empresário Renê da Silva Nogueira Junior, de 47 anos, confessou, em interrogatório realizado nesta segunda-feira, 18, ter matado o gari Laudemir de Souza Fernandes.

“Em um novo interrogatório, realizado ontem, na sede do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito de praticar o homicídio, que vitimou o Senhor Laudemir de Souza Fernandes, confessou a prática do crime”, disse a polícia nesta terça-feira, 19, em nota.

Ainda de acordo com os investigadores, ele alegou que efetuou o disparo “em razão de uma discussão de trânsito e que a sua esposa, servidora da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais), não tinha conhecimento que ele havia se apoderado da arma particular da delegada, uma pistola, calibre .380.

Ele está preso preventivamente desde a semana passada e, até então, negava ter cometido o crime. Nesta segunda-feira, os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira deixaram a defesa do empresário.

Em nota, Salles afirmou que, “após conversa reservada” com o cliente, decidiu, “por motivo de foro íntimo, renunciar à sua representação nos autos da investigação que apura a morte do sr. Laudemir”. A reportagem tenta identificar a nova defesa do empresário, para que se pronuncie sobre a situação.

Segundo a polícia, Nogueira Junior atirou contra Fernandes após se irritar com a presença de um caminhão de lixo que estava parado, impedindo o fluxo de carros na rua enquanto aguardava os garis coletarem o lixo.

O empresário queria passar com seu carro e inicialmente ameaçou atirar na motorista do caminhão. Acabou disparando contra Laudemir, que fazia a coleta.

Relembre o caso

Ao ver a rua por onde transitava com fluxo interrompido momentaneamente pelo caminhão de lixo, Nogueira Junior ameaçou “atirar na cara” da motorista do veículo, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil.

Quando Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, o motorista sacou a arma e atirou contra a vítima, atingida na região torácica. Laudemir foi encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu.

O empresário fugiu do local do crime e foi preso enquanto treinava em uma academia de alto padrão no Estoril, bairro nobre de Belo Horizonte. Segundo a polícia, a arma usada no crime é uma pistola calibre .380 que pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, mulher de Renê. Exames periciais confirmaram que essa foi a arma usada para matar o gari.

A polícia indiciou Nogueira Junior por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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