Trump minimiza queixas de Zelensky sobre exclusão da Ucrânia em negociações de paz

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Em meio a negociações entre EUA e Rússia, Trump desconsidera preocupações de Zelensky sobre a ausência da Ucrânia nas discussões para encerrar a guerra, sugerindo responsabilidade ucraniana no conflito.

Em 18 de fevereiro de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, minimizou as preocupações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referentes à exclusão da Ucrânia das negociações de paz entre EUA e Rússia. Durante uma coletiva de imprensa na Flórida, Trump sugeriu que a Ucrânia deveria ter buscado um acordo anteriormente para evitar o prolongamento do conflito. Além disso, insinuou que o governo ucraniano possui parcela de responsabilidade pelo início da guerra e questionou a liderança de Zelensky, mencionando a ausência de eleições recentes no país. Essas declarações ocorreram paralelamente a reuniões de alto nível entre representantes dos EUA e da Rússia na Arábia Saudita, das quais a Ucrânia foi excluída.

Zelensky criticou veementemente essa exclusão, afirmando que não aceitará propostas de paz resultantes de encontros nos quais seu país não esteja representado. A imprensa norte-americana apontou que Trump utilizou informações imprecisas em seus argumentos, incluindo exageros sobre os recursos enviados à Ucrânia e dados questionáveis sobre a popularidade de Zelensky. A ausência da Ucrânia nas negociações e as declarações de Trump geraram preocupações entre aliados europeus e especialistas em relações internacionais, que temem que tais atitudes possam comprometer a soberania ucraniana e a estabilidade regional.

Os críticos de Trump argumentam que sua postura pode enfraquecer o apoio ocidental à Ucrânia e dar força à posição da Rússia no conflito. Analistas internacionais destacam que a decisão de excluir a Ucrânia das conversas pode dificultar uma solução pacífica duradoura, pois qualquer acordo sem a participação do governo ucraniano dificilmente será aceito pela população e pelo parlamento do país. Além disso, existe o risco de que tal medida incentive futuras agressões militares por parte da Rússia, que pode interpretar essa exclusão como um sinal de fragilidade da aliança ocidental.

Por outro lado, aliados de Trump afirmam que sua estratégia busca acelerar o fim do conflito e reduzir os custos da guerra para os Estados Unidos. Argumentam que a posição dura contra Zelensky pode pressionar a Ucrânia a aceitar concessões e facilitar um acordo diplomático mais rápido. No entanto, líderes europeus alertam que qualquer solução imposta sem a presença da Ucrânia pode ser instável e levar a novos confrontos no futuro. Enquanto isso, a guerra segue sem um desfecho à vista, e o futuro da Ucrânia continua incerto diante das mudanças na postura das grandes potências envolvidas no conflito.

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