A Volta Ciclística de São Paulo foi retomada nesta semana, após 11 anos de hiato. Mas não se sabe exatamente o caminho que ela vai seguir até a última etapa, no domingo, dia 21. Previstas desde fevereiro, as provas têm os trajetos alterados a cada dia para adequar-se às autorizações das estradas.
Diferentes motivos levaram ao perrengue logístico. As concessionárias de rodovias que seriam utilizadas apontam não terem sido procuradas em tempo hábil para a realização das etapas.
A Federação Paulista de Ciclismo (FPCiclismo) enfatiza que a Volta estava prevista no calendário esportivo oficial do Estado, publicado em fevereiro, e lamentou as mudanças que precisam ser feitas em cima da hora.
Tudo isso ganhou luz a partir do primeiro dia de prova. Foi feita uma largada simbólica em frente ao Palácio dos Bandeirantes, na Avenida Morumbi. Dali, os ciclistas sairiam para a Marginal Pinheiros, o que já não foi possível. Um ônibus precisou levá-los até Barueri, de onde partiram até Itu.
A prova seguiria até Sorocaba, mas não houve autorização para o trecho de Itu até lá, via SP-75. Dos 138 quilômetros programados para a primeira de cinco etapas, os ciclistas percorreram apenas 62 quilômetros. A maior parte do deslocamento foi neutralizada (quando os ciclistas pedalam lado a lado). No fim, alguns realmente competiram em busca da vitória.
Segundo a FPCiclismo, as etapas contam com escolta de batedores de agentes de segurança. A federação previa, em rodovias, previa bloqueio parcial, com faixas cedidas à prova, sem comprometer o fluxo de veículos.
Agora, todas as etapas são revistas a cada dia. Nesta sexta-feira, por exemplo, a programação inicial era sair de Mairiporã e chegar em Indaiatuba, em trajeto de 156 km.
Depois, ficou definido que esta etapa seria apenas um circuito urbano, já em Indaiatuba, com 100 km. No fim, a largada voltou para Mairiporã.
Cerca de 100 ciclistas de 19 equipes do Brasil e do exterior iniciaram a disputa da Volta Ciclística de São Paulo. Após duas etapas, 18 atletas deixaram a competição.
Além das cidades em que já passou, a Volta ainda previa trechos em Boituva e Guarulhos, fechando o percurso de 695 km na Assembleia Legislativa do Estado (Alesp).
PROVAS EM RODOVIAS PRECISAM SER SOLICITADAS COM ANTECEDÊNCIA DE 90 DIAS
Segundo a Secretaria da Casa Civil, a autorização para, na capital, haver apenas a largada simbólica justifica-se pela garantia de “segurança dos atletas, bem como a mobilidade e o direito de ir e vir de toda a população”.
Já para as demais estradas, a Agência de Transporte de São Paulo (Artesp) determina que a cessão de trechos de rodovias concedidas deve ter um pedido à concessionária responsável em até 90 dias antes do evento.
Entretanto, a Artesp diz ser preciso garantir que “as intercorrências e o fator de risco ao usuário sejam baixos”. Para isso, são considerados os critérios de volume diário médio de tráfego no trecho; análise do nível de serviço de tráfego; análise da segurança viária; ciclo de intervenções pré-programadas; e a logística do evento. As concessionárias, então, encaminham os dados à Agência, que pode expedir ou não a autorização.
CONCESSIONÁRIAS CITAM ATRASO EM SOLICITAÇÃO DA FPCICLISMO
Conforme apurado pela reportagem do Estadão, não houve procura pelas concessionárias em tempo hábil.
A Ecovias, com as subsidiárias Raposo Castello e Leste Paulista, disse ter participado de um encontro sobre a prova apenas no dia 4 de setembro. Ainda assim, as concessionárias elaboraram um planejamento operacional, prevendo bloqueios e desvios necessários para a realização da prova.
Entretanto, a empresa salienta que o uso da rodovia Castello Branco, em dia útil, em horário de tráfego elevado e em trecho atualmente em obras, “prejudicaria ainda mais a fluidez da via, com impactos também nas marginais Tietê e Pinheiros”.
A concessionária Rota das Bandeiras diz que não vetou a prova no trecho da Rodovia Dom Pedro I (SP-065), prevista para ocorrer no sábado, das 11h às 14h, entre os km 52 e 64. A empresa ainda apontou que tem auxiliado no apoio operacional.
A Novo Litoral também aponta ter participado de reunião em 4 de setembro, mas informou que não houve solicitação oficial para utilização dos trechos que gerencia, e que ainda foi informada sobre a desistência da organização em utilizar suas rodovias.
A Motiva, responsável pelo trecho não corrido entre Itu e Sorocaba na primeira etapa, reiterou que também não recebeu a documentação necessária por parte da organização para solicitar autorização formal à Artesp até prazo hábil.
A Secretaria de Esportes do Estado disse que está limitada à apoiadora da iniciativa, mas que a FPCiclismo que é a responsável por definir trajetos e obter as autorizações.
A Via Appia, também com trecho entre o itinerário inicial, não respondeu, assim como o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER).
DOIS VENCEDORES EM DUAS ETAPAS ATÉ AQUI NA VOLTA DE SP
A Volta Ciclística de São Paulo foi criada em 2004 e já teve edições de até 10 etapas. Nesta retomada, apesar das mudanças de planejamento, houve comemorações até aqui.
O ciclista João Pedro Rossi, da Swift Pro Cycling, de Ribeirão Preto, venceu a primeira prova. Ele completou o trecho de 62,2km entre Barueri e Itu em 1h23min39.
Já a segunda etapa foi conquistada por Vinícius dos Santos, de apenas 21 anos. Ele corre pela São José Ciclismo/Instituto Athlon e fez os 90km entre Sorocaba e Boituva em 1h47min35.
Embora passe por transtornos, a Volta é celebrada pela FPCiclismo. “Esse retorno é um marco para o esporte nacional. Teremos as melhores equipes do ranking nacional e de países da América Latina. Será uma competição de primeiro escalão. A Volta mostrará que nosso estado é uma potência ciclística”, disse o presidente da federação , José Cláudio dos Santos. Conhecido por “Facex”, ele foi vencedor da primeira edição, em 2004.
Por: Estadão Conteúdo
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