Veja como diferenciar a taquicardia emocional de algo mais sério

Emoções intensas, como uma paixão ou um susto forte, podem disparar o ritmo cardíaco e até imitar sintomas de doenças no coração. Segundo o cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães, isso acontece porque o corpo responde a estímulos emocionais com reações físicas reais — inclusive no sistema cardiovascular.

A questão é saber quando essa aceleração é normal ou quando pode representar um risco à saúde. “É completamente normal que o coração acelere em momentos de emoção intensa, como ansiedade, medo ou euforia. Mas se isso acontece com frequência ou vem acompanhado de outros sintomas, é importante investigar”, alerta.

Quando o corpo percebe um estímulo emocional — como uma briga, uma notícia inesperada ou até o famoso “frio na barriga” do primeiro encontro —, ele aciona o sistema nervoso simpático, liberando adrenalina. Com isso, a frequência cardíaca sobe, a respiração muda e a pressão arterial pode aumentar.

“Esse é um mecanismo de defesa do corpo. Mas ele também pode ser confundido com sintomas de doenças cardíacas, como arritmias ou até crises de pânico”, explica Dr. Raphael Boesche Guimarães.

Sintomas que podem indicar algo grave

A taquicardia emocional costuma aparecer de forma súbita, em momentos de estresse, ansiedade ou excitação. Ela melhora com respiração controlada, técnicas de relaxamento e tende a desaparecer quando a pessoa se acalma.

Por outro lado, sinais de alerta que podem indicar algo mais sério incluem:

  • Palpitações frequentes e sem motivo aparente;
  • Dor ou aperto no peito;
  • Tontura ou sensação de desmaio;
  • Falta de ar mesmo em repouso;
  • Suor frio.

“Esses sintomas podem estar ligados a arritmias, hipertensão, distúrbios hormonais ou problemas estruturais no coração. Por isso, não devem ser ignorados”, reforça o médico.

É indicado procurar um médico para investigar a taquicardia (Imagem: Photoroyalty | Shutterstock)

Importância de procurar um médico

Quando há suspeita de que a taquicardia vai além da emoção, o ideal é realizar exames indicados por um médico, como eletrocardiograma, ecocardiograma e testes de esforço. “Muitas vezes, o paciente chega ao consultório achando que está infartando, mas está tendo uma crise de ansiedade. O diagnóstico correto traz alívio e direciona o tratamento”, afirma Dr. Raphael Boesche Guimarães.

Se confirmado que é uma taquicardia de fundo emocional, o tratamento pode incluir acompanhamento psicológico, mudanças no estilo de vida, atividade física regular e, em alguns casos, medicamentos.

O cardiologista recomenda algumas atitudes simples quando os batimentos disparam:

  • Respire fundo, com calma e de forma ritmada;
  • Identifique o que desencadeou a emoção;
  • Evite cafeína e outras substâncias estimulantes;
  • Pratique atividades que aliviem o estresse, como caminhada, meditação ou alongamentos;
  • Procure um médico se as crises forem frequentes.

Cuidando da saúde emocional e do coração

Emoção também adoece o coração, mas com ressalvas. O estresse crônico, por exemplo, está associado a doenças cardíacas e hipertensão. “Cuidar da saúde emocional é parte essencial da prevenção cardiovascular. O coração não responde só à genética e à alimentação, mas também ao que sentimos”, explica o médico.

Por Daiane Bombarda

Fonte: Portal EdiCase

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Redação EdiCase

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