Veja como as feiras de rua viraram oportunidade para a confeitaria

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Veja como as feiras de rua viraram oportunidade para a confeitaria

O Dia da Sobremesa, celebrado em 9 de outubro, é mais do que uma data para comemorar: é uma chance de mostrar como as confeiteiras podem transformar tendências em resultados concretos para o negócio. Em um setor em constante reinvenção, formatos como bolos e tortas em fatia ou no pote estão ganhando força como opções “faça e venda”, ideais para feiras de rua, entregas rápidas e consumo imediato.

Esses formatos têm conquistado o público porque oferecem praticidade e diversidade. O bolo no pote, por exemplo, permite criar versões em camadas com sabores variados — de clássicos como chocolate e prestígio até combinações como leite em pó com morango. Já o bolo em fatia se destaca como opção acessível para quem quer experimentar sem precisar comprar a versão inteira.

Essas opções facilitam a produção em escala, permitem oferecer um mix de sabores no mesmo ponto de venda e ainda aumentam a rentabilidade. Além disso, funcionam muito bem em combos promocionais, ideais para presentear, levar para o trabalho ou compartilhar em família.

O movimento das feiras de rua e novos espaços

O crescimento desses produtos acompanha o renascimento das feiras de rua e dos eventos gastronômicos, que voltaram a atrair grande público. Esses locais se consolidaram como canais de consumo imediato, acessíveis e visualmente atrativos. Por serem fáceis de transportar e terem boa margem, tornaram-se destaque em barracas e estandes.

“As feiras de rua voltaram com força e se transformaram em verdadeiros pontos de encontro. Muitas de nossas clientes confeiteiras já entenderam esse potencial e passaram a comercializar nesses espaços. Com isso, o produto ganha uma vitrine especial e deixa de ser apenas alimento para se tornar também uma experiência de proximidade com o cliente”, conta Vivian Santos, proprietária da Vivian Festas, uma das maiores redes de lojas de produtos para festas e confeitaria do Rio de Janeiro.

Sucesso nas ruas

Um exemplo de quem está se reinventando diante desse cenário é a confeiteira Ju Gomes, da Beijinho Doce’s, que hoje mantém uma barraca na feira de sábado da rua Ione Torres Ennes, no Centro de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro.

“Comecei em 2013 vendendo trufas na faculdade e depois nas ruas. Fui diversificando meus produtos, comercializando sob encomenda, e, em setembro deste ano, resolvi dar mais um passo e vender bolos em fatia na feira. Desde o primeiro dia, foi um grande sucesso. Claro que ainda existem erros e acertos, mas já percebo que os clientes têm gostado: muitos já me acompanham nas redes para saber o que levarei de novidade e chegam cedo para garantir sua fatia”, conta.

Embalagem com 6 mini bolos com diferentes coberturas em cima de bancada
Embalagens e apresentações criativas fazem a diferença e chamam a atenção dos consumidores (Imagem: Elena_E | Shutterstock)

Embalagem que transforma doce em presente

Se o sabor conquista, a apresentação faz toda a diferença na decisão de compra, sobretudo em feiras de rua, onde há muitas opções. Nesse contexto, embalagens criativas e bem pensadas se tornaram ferramentas estratégicas para valorizar o produto e atrair a atenção do público.

Um simples bolo no pote pode se transformar em presente, lembrança ou mimo quando é entregue em uma embalagem diferenciada, como reforça Vivian Santos: “Quando a confeiteira investe em uma embalagem especial, o cliente percebe que não está comprando apenas um doce, mas uma experiência. Isso fideliza e ainda permite trabalhar preços mais atrativos, com maior margem de lucro”.

Mais do que uma data

O impacto da apresentação também mostra como datas comemorativas são estratégicas para movimentar o setor. O Dia da Sobremesa, por exemplo, é uma oportunidade para as confeiteiras criarem ações que atraiam novos clientes e ampliem o giro de vendas.

Embalagens especiais, combos com doces variados e até promoções exclusivas para famílias, amigos ou colegas de trabalho ajudam a transformar a compra em uma experiência coletiva. Assim, cada doce deixa de ser apenas um consumo rápido e se torna um momento de partilha e lembrança, o que aumenta tanto a margem quanto a fidelização.

Além de apostar em formatos práticos, embalagens e datas especiais, é preciso também saber transformar isso em um negócio sustentável. O verdadeiro diferencial está em empreender com estratégia, unindo criatividade à gestão.

Por Caroline Amorim





Fonte: Portal EdiCase

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