O acompanhamento pediátrico regular traz benefícios importantes para a saúde infantil. Apesar de ir ao médico ser parte fundamental do cuidado com a saúde infantil, muitas crianças sentem medo mesmo em consultas de rotina. Esse receio não é incomum, principalmente nas primeiras experiências, e pode gerar ansiedade tanto para os pequenos quanto para os pais.
Júlio Boaventura, médico da área de Pediatria do AmorSaúde, explica que compreender as causas desse medo e adotar estratégias simples antes e durante o atendimento pode transformar a experiência em algo positivo e educativo.
Segundo o “Mapa da Saúde Infantojuvenil de Santa Catarina”, lançado este ano pela Sociedade Catarinense de Pediatria (SCP), em parceria com a Associação Catarinense de Medicina (ACM), crianças e adolescentes que recebem acompanhamento médico adequado apresentam melhor qualidade do sono, alimentação mais equilibrada e menor índice de obesidade.
Conforme Júlio Boaventura, esse medo da criança está ligado a fatores sensoriais, emocionais e sociais. “As crianças associam o médico a experiências anteriores que causaram desconforto, como vacinas ou exames. Além disso, o consultório tem cheiros, sons e pessoas diferentes, é um ambiente que foge do cotidiano”, explica.
Segundo o profissional, o comportamento dos pais também exerce grande influência, visto que crianças observam e reproduzem emoções dos adultos. “Se o adulto demonstra calma e confiança, ela tende a ficar tranquila. Mas se o pai ou a mãe mostram medo, tensão ou ficam dizendo que ‘vai doer’, a ansiedade aumenta. Por isso, o primeiro passo é o adulto se acalmar”, diz o médico.
A preparação antes da consulta é essencial para reduzir a ansiedade, sendo importante que os pais conversem de forma clara e acolhedora com a criança, usando linguagem simples e verdadeira, sem criar falsas promessas.
Esse preparo ajuda a criar confiança, garantindo que a consulta seja encarada como um momento natural de cuidado, e não como uma ameaça. “O importante é transformar a ida ao médico em algo previsível e seguro, não uma ‘surpresa assustadora’”, afirma Júlio Boaventura.
Sendo assim, a forma como os pais comunicam a importância da consulta é essencial para reduzir o medo infantil, e Júlio Boaventura recomenda que se adote diálogos incentivadores, como: ‘o médico vai ver se seu corpo está crescendo forte e saudável’. Por outro lado, o profissional alerta que se deve evitar frases ameaçadoras como ‘se não for, vai ficar doente’.
Explicar que ir ao médico é uma forma de cuidar do corpo, assim como escovar os dentes ou tomar banho pode ser uma forma interessante de trazer esse contexto para o dia da criança.
Entre as práticas recomendadas pelo pediatra para preparar a criança antes da consulta, estão:
O atendimento médico precisa ser um momento em que a criança se sinta respeitada, acolhida e segura. Júlio Boaventura destaca que atitudes simples dos profissionais e dos familiares podem mudar completamente a experiência. Entre as estratégias, ele cita:
Outro recurso importante destacado pelo médico é a brincadeira terapêutica, técnica reconhecida em pediatria para reduzir o medo e melhorar a adesão ao atendimento. “Brincadeiras de médico, histórias sobre consultas e o uso de brinquedos ajudam a criar familiaridade. Por exemplo, antes de examinar, o pediatra pode pedir que a criança ‘examine’ o boneco ou o pai, isso muda o clima da consulta instantaneamente”, diz.
O pediatra alerta que nem todo medo é passageiro. Quando o receio se torna intenso, interfere no cuidado e gera sofrimento, é necessário atenção especial. Entre os sinais de alerta, ele destaca:
“Nesses casos, é importante procurar ajuda psicológica. O acompanhamento com psicólogo infantil ajuda a trabalhar a ansiedade e reconstruir a confiança da criança no ambiente médico”, finaliza Júlio Boaventura.
Por Nayara Campos
Fonte: Portal EdiCase
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