Veja como a castração ajuda a prevenir o câncer de mama em gatas



O câncer de mama também é uma realidade preocupante no universo pet — especialmente entre as gatas não castradas. Por isso, durante o Outubro Rosa, além de reforçar os cuidados com a saúde das mulheres, é importante lembrar que a prevenção também faz toda a diferença na vida dos animais de estimação. A castração, quando realizada no momento certo e sob orientação veterinária, é uma das principais medidas para reduzir o risco da doença e garantir mais qualidade de vida às felinas.

Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária, cerca de 30% das gatas podem desenvolver tumores mamários ao longo da vida — e, na maioria dos casos, eles são malignos e exigem tratamento cirúrgico. Em machos, a doença é mais rara, mas também pode ocorrer.

A médica-veterinária Mayara Andrade, da Biofresh — marca Super Premium Natural da BRF Pet —, explica que existe uma relação entre a atividade hormonal e a crescente incidência dessa doença em gatas.

“Quando realizada no período correto, de acordo com a orientação do médico-veterinário, de maneira que não atrapalhe o desenvolvimento do trato genito-urinário, a castração diminui de forma significativa os estímulos hormonais que favorecem o crescimento das células tumorais mamárias. É uma medida preventiva simples, segura e muito eficaz”, destaca.

Relação entre castração e obesidade

Apesar de seus benefícios, muitos responsáveis ainda têm receio de castrar suas gatas por medo da obesidade, um dos efeitos mais comentados após o procedimento. A médica-veterinária explica que no procedimento ocorre a retirada da influência hormonal, o que leva à diminuição da taxa metabólica e, consequentemente, da necessidade energética de manutenção. Isso significa que, após a cirurgia, o metabolismo do animal fica mais lento e a demanda de energia diminui.

“Se a alimentação permanece igual, há um desequilíbrio: o animal consome mais energia do que precisa e, com baixa atividade física, gasta menos energia também. Ou seja, isso leva ao ganho de peso e acúmulo de gordura por excesso de calorias, chamado de balanço energético positivo”, alerta.

No entanto, segundo Mayara Andrade, é possível realizar a castração e manter o pet saudável e com peso adequado. “[…] Com uma alimentação saudável, adequada e equilibrada, além de um ajuste na rotina de atividade física, é possível manter o peso ideal e, consequentemente, garantir ao pet uma vida mais longa e saudável”, afirma.

A profissional reforça que prevenir a obesidade é a melhor opção e que hoje existem alimentos formulados para atender às necessidades nutricionais e energéticas dos gatos castrados. Esse perfil de alimento, reduzido em calorias e gordura, tem maior concentração de fibras e proteínas de alta qualidade, o que ajuda a controlar o apetite e a manter a massa magra. “Além disso, esses alimentos contribuem também com a saúde urinária, que é outro ponto sensível em gatos castrados”, complementa.

Alguns cuidados com a saúde da gata ajudam a prevenir o câncer de mama (Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock)

Prevenção do câncer de mama em gatas

Além de ajudar na prevenção da obesidade — que é um estado inflamatório crônico capaz de causar alterações hormonais e aumentar os níveis de estrogênio —, a nutrição equilibrada também atua como aliada na prevenção de doenças, incluindo o câncer de mama.

“Manter o peso ideal, oferecer uma alimentação de qualidade, atividade física e realizar consultas regulares com o médico-veterinário, garantindo, também, uma rotina de check-ups, são atitudes essenciais para promover longevidade e bem-estar dos pets”, reforça a médica-veterinária.

Importância do diagnóstico precoce

É importante ficar atento a sinais que podem indicar o câncer de mama em gatas, como nódulos ou caroços nas mamas, que podem ser percebidos pela palpação. Caso identifique qualquer alteração, o ideal é procurar o veterinário o quanto antes.

“Mesmo com os avanços da medicina veterinária, o câncer de mama pode não ter cura ou migrar para outros órgãos. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo os maiores aliados dos pets na luta contra essa doença”, finaliza Mayara Andrade.

Por Roberta Muller





Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

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