O câncer de mama segue entre os tipos mais incidentes no Brasil, com expectativa de 73 mil novos registros em 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA. Esse cenário reforça o papel fundamental da prevenção e do diagnóstico precoce, incentivados pelo Outubro Rosa, campanha dedicada à conscientização e à informação sobre a doença.
Para além dos exames de rotina, a alimentação tem se mostrado uma grande aliada na manutenção da saúde feminina. “Os hábitos alimentares influenciam de diversas formas, tanto no sentido de favorecer o surgimento do câncer quanto no sentido de prevenir. Eles têm um papel muito importante na saúde e manutenção do corpo”, explica a professora de Nutrição Ana Cláudia Figueiredo, da UniSociesc.
A seguir, veja como a alimentação ajuda na prevenção ao câncer de mama e no tratamento.
O caminho para a prevenção do câncer de mama passa, invariavelmente, pela valorização de alimentos in natura e coloridos. Ana Cláudia Figueiredo destaca o papel fundamental das frutas, legumes e verduras. “Esses alimentos são fontes importantes de fibras e antioxidantes, substâncias que protegem as células contra os danos causados pelos radicais livres, os quais podem favorecer o desenvolvimento de tumores”, explica.
Um grupo alimentar de destaque na prevenção é formado pelas brássicas — vegetais que formam a cabeça, como brócolis, couve-flor e repolho. Eles possuem substâncias que aumentam a eliminação de toxinas pelo corpo, sendo frequentemente associados à prevenção oncológica. O modelo de dieta plant-based (baseada em plantas), que prioriza esses alimentos, tem demonstrado forte associação com a redução do risco de câncer de mama.
Na contramão dos alimentos naturais, estão os ultraprocessados, que devem ser evitados. “São aqueles produtos que passam por diversos processos industriais e contêm substâncias químicas sem função nutricional, como corantes, conservantes e aromatizantes”, esclarece a professora.
Exemplos incluem biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo, salsichas, nuggets e sorvetes industrializados. Segundo Ana Cláudia Figueiredo, esses alimentos são ricos em gorduras, açúcares e sal, favorecem o ganho de peso e, consequentemente, aumentam o risco de câncer de mama, especialmente em mulheres após a menopausa.
“O excesso de peso é um fator de risco considerável. A gordura corporal tem capacidade de produzir hormônios que podem estar relacionados ao aumento do risco da doença”, alerta.
Para as mulheres que já estão em tratamento do câncer de mama, a alimentação assume um papel de suporte, ajudando a amenizar os efeitos colaterais como náuseas, fadiga e perda de apetite. A estratégia, segundo Ana Cláudia Figueiredo, envolve ajustes na forma de se alimentar.
“Frequentemente, orientamos os pacientes a fazerem refeições mais fracionadas, com intervalos e volumes menores, para melhorar a sensação de plenitude gástrica, náuseas e enjoos”, recomenda. Nesta fase, é crucial valorizar alimentos ricos em proteínas magras, como carnes brancas, para combater a perda de massa muscular comum durante o tratamento.
A hidratação também é um pilar fundamental. “A água é muito importante, inclusive no processo de eliminação de substâncias associadas ao uso de alguns medicamentos. A hidratação é fundamental para sintomas como dor de cabeça e até as próprias náuseas”, acrescenta.
Quanto à suplementação de vitaminas e outras substâncias, a professora ressalta que, embora comum entre pacientes oncológicos, só deve ser feita quando há real necessidade, identificada por um profissional e sob orientação especializada. “Não existem estudos que comprovem benefícios de suplementos usados sem necessidade. A melhor forma de absorver nutrientes é por meio dos alimentos, que contêm compostos bioativos ainda não reproduzidos em laboratório”, observa.
Para quem deseja começar a cuidar melhor da alimentação e da saúde, a professora sugere algumas recomendações simples e práticas:
Por fim, a professora reforça a máxima que vai além do senso comum: “Um prato colorido é um prato saudável. Quanto mais cores, mais nutrientes diferentes estarão presentes e maiores serão os benefícios para a saúde. É uma forma simples e eficaz de cuidar de si todos os dias”.
Com equilíbrio, consciência e orientação adequada, a alimentação torna-se uma aliada poderosa na luta contra o câncer de mama, uma escolha diária que reflete diretamente na qualidade de vida e bem-estar.
Por Genara Rigotti
Fonte: Portal EdiCase
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