Natação na segunda, judô na quarta e futebol no sábado. A agenda de algumas crianças inclui múltiplas modalidades esportivas ao longo da semana, cada uma com suas regras, exigências e propostas pedagógicas. Com tantas opções disponíveis, surge uma dúvida comum entre pais e educadores: variar tanto assim será positivo ou pode sobrecarregar os pequenos?
Segundo Lucas Marques, coordenador do curso de Educação Física da Faculdade Anhanguera, a diversidade de esportes na infância pode trazer ganhos importantes para o corpo e para a mente. “Quando bem orientada, essa prática contribui para o desenvolvimento motor global, coordenação, socialização e até para a disciplina. Além disso, impede a especialização precoce, que pode gerar sobrecarga física e emocional”, explica.
O professor alerta, no entanto, para o risco de excesso. “É importante observar se a criança está se divertindo ou se está sobrecarregada. Excesso de cobrança, cansaço constante e falta de tempo livre para brincar são sinais de alerta. O ideal é que o esporte seja prazeroso e adaptado à idade”, ressalta.
A variedade de atividades físicas também contribui para o desenvolvimento das crianças. “Uma criança que pratica só futebol, por exemplo, pode ter um desenvolvimento motor mais limitado do que aquela que alterna entre esportes coletivos e individuais, de força e de flexibilidade. A variedade ajuda a trabalhar diferentes habilidades físicas e cognitivas”, complementa Lucas Marques.
Além dos ganhos físicos e sociais, a prática de múltiplos esportes também favorece o autoconhecimento das crianças. “Quando a criança experimenta várias atividades, ela tem mais autonomia para identificar o que realmente gosta. Isso evita frustrações no futuro e pode, inclusive, ajudar na escolha de um esporte que ela leve para a vida adulta”, completa o professor.
Lucas Marques destaca que é essencial garantir tempo para o descanso e o lazer livre. “O ócio criativo é fundamental na infância. Além das atividades físicas, é importante que os pequenos tenham tempo para descansar e se recuperar física e mentalmente. O equilíbrio entre estímulo e pausa é o que promove um desenvolvimento saudável”, afirma.
A orientação de um profissional de Educação Física é essencial para garantir que a prática múltipla seja equilibrada. “Com a supervisão adequada, os benefícios superam os riscos. O esporte deve contribuir para a formação integral da criança, e não ser apenas mais uma obrigação na agenda”, finaliza.
Por Bianca Lodi Rieg
Fonte: Portal EdiCase
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