Veja as causas e os tratamentos para urticária



Em 01 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Urticária, uma data voltada para conscientizar sobre essa condição dermatológica. Ela é caracterizada pelo surgimento de coceira intensa, vermelhidão, vergões e inchaços na pele, que podem aparecer em qualquer parte do corpo. Além do desconforto físico, a doença impacta de forma significativa a qualidade de vida, já que pode prejudicar o sono, afetar o equilíbrio emocional e, em casos mais graves, levar até mesmo à depressão.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), no Brasil, cerca de uma em cada 250 pessoas apresenta urticária crônica, caracterizada por episódios que duram mais de seis semanas. A urticária aguda pode afetar até 20% da população mundial, com duração de algumas horas a poucos dias.

A urticária é uma condição complexa

Theodoro Habermann Neto, dermatologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destaca que a condição não deve ser vista apenas como uma reação alérgica, já que pode comprometer o descanso e exigir o uso contínuo de anti-histamínicos para controlar os sintomas.

“A urticária pode indicar alterações do sistema imunológico, como lúpus ou mastocitose, além de infecções internas, como urinária ou parasitose intestinal. Se as lesões persistirem por mais de 24 horas, pode sugerir urticária vasculite. Quando acompanhada de inchaço na boca ou garganta, dificuldade para respirar, desmaio, fraqueza ou vômito, há risco de anafilaxia, exigindo investigação imediata. O estresse também pode ser um fator desencadeante. Em muitos casos, é necessário realizar exames, inclusive parasitológicos, para identificar a causa subjacente”, resume o médico.

Causas da urticária

Segundo Theodoro Habermann Neto, a urticária pode ter diversas origens:

  • Alergias:causadas por alimentos, medicamentos, picadas de insetos, pólen, látex e produtos químicos;
  • Alterações físicas: causadas por frio, calor, pressão sobre a pele, exercícios, exposição ao sol;
  • Infecções: virais, bacterianas ou fúngicas.

Doenças autoimunes, como as da tireoide, lúpus e mastocitose, também estão entre os gatilhos.

O diagnóstico da urticária deve ser feito por um médico (Imagem: Inside Creative House | Shutterstock)

Diagnóstico da urticária

O diagnóstico da urticária costuma ser clínico, com base na história do paciente e na avaliação dermatológica. Em casos mais complexos, podem ser solicitados exames como hemograma, marcadores inflamatórios, urina e fezes, biópsia de pele, testes físicos de provocação e testes de alergia (prick test).

Cuidados importantes contra a urticária

Theodoro Habermann Neto explica que alguns fatores aumentam o risco ou agravam os sintomas da urticária. Por isso, o médico recomenda:

  • Evitar alimentos como frutos do mar, chocolate, leite, ovos, amendoim e nozes;
  • Controlar o estresse e praticar técnicas de relaxamento;
  • Manter acompanhamento médico e usar corretamente os medicamentos prescritos;
  • Hidratar a pele e dar preferência a roupas confortáveis;
  • Reduzir o consumo de conservantes e corantes;
  • Proteger-se de variações bruscas de temperatura, exposição excessiva ao sol e pressão sobre a pele.

Quando procurar um médico imediatamente

O dermatologista alerta para sinais da urticária que exigem procura imediata por atendimento médico:

  • Inchaço no rosto, lábios, língua ou garganta;
  • Dificuldade para respirar;
  • Tosse, chiado no peito;
  • Febre, icterícia e inchaço dos gânglios linfáticos.

“Se os sintomas persistirem por mais de 48 horas, é fundamental procurar um pronto-socorro. Embora a urticária isolada geralmente não cause choque anafilático, pode indicar quadro grave quando acompanhada de manifestações como tontura, desmaio, pressão baixa, pulso acelerado, vômitos, dor abdominal, diarreia e estresse intenso”, detalha.

Tratamento para a urticária

O tratamento para a urticária envolve, principalmente, anti-histamínicos, com ou sem efeito sedativo, e corticoides em crises mais intensas. Em casos graves, pode haver indicação de imunossupressores ou medicamentos biológicos. Não existe vacina específica, mas a imunoterapia pode ser considerada em situações severas.

“A automedicação é perigosa, pois pode mascarar sintomas, atrasar o diagnóstico e causar efeitos colaterais graves, prejudicando órgãos como fígado, rins e medula óssea, além de piorar alergias ou gerar resistência a medicamentos. O tratamento deve ser sempre orientado por um médico”, alerta Theodoro Habermann Neto.

Por Aline Telles





Fonte: Portal EdiCase

Redação EdiCase

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