Assim como nos humanos, os níveis de gordura no sangue dos animais de estimação também merecem atenção. O excesso de triglicerídeos, por exemplo, pode afetar a saúde dos pets e causar uma série de complicações se não for identificado e tratado corretamente.
Segundo a Dra. Nátally Franco, médica-veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, a hipertrigliceridemia em cães e gatos é uma condição que, muitas vezes, passa despercebida, mas pode trazer riscos sérios à saúde dos animais.
“O aumento dos triglicerídeos pode sobrecarregar órgãos como o pâncreas e o fígado, além de interferir no metabolismo de forma geral. Em alguns casos, está associado a doenças como pancreatite, diabetes, hepatopatias e até distúrbios neurológicos”, explica.
De acordo com a médica-veterinária, a hipertrigliceridemia pode ter origem primária, relacionada a fatores genéticos, ou secundária, associada a outras condições clínicas. Algumas raças, como os cães schnauzers miniatura, apresentam predisposição hereditária e podem desenvolver o distúrbio mesmo recebendo uma dieta balanceada.
No entanto, a maioria dos casos é consequência de fatores secundários, entre eles:
O aumento dos triglicerídeos deve sempre ser investigado de forma ampla, para identificar se é decorrente de predisposição genética ou de alterações metabólicas e doenças associadas. Na maioria das vezes, a hipertrigliceridemia é silenciosa, mas alguns sintomas podem indicar que algo não está bem. “O animal pode apresentar vômitos, dor abdominal, diarreia, letargia e perda de apetite. Em quadros mais graves, pode haver crises convulsivas ou sinais neurológicos”, alerta a Dra. Nátally Franco.
O diagnóstico é feito por meio de exames de sangue, normalmente solicitados durante check-ups de rotina ou diante de sinais clínicos. “É muito importante que os tutores realizem consultas periódicas com o veterinário. Com o resultado em mãos, o profissional poderá indicar mudanças na dieta, controle de peso, aumento da atividade física e, em alguns casos, medicação específica para controlar os níveis lipídicos”, orienta a Dra. Nátally Franco.
A especialista explica que hábitos saudáveis são essenciais para evitar o problema. “Oferecer uma ração de qualidade, evitar alimentos gordurosos ou petiscos em excesso, incentivar a atividade física e manter o animal em acompanhamento veterinário regular são as melhores formas de prevenir alterações nos níveis de triglicerídeos”, afirma.
Ela também chama a atenção para o cuidado com a automedicação. “Nada de oferecer remédios humanos ou iniciar dietas sem orientação profissional. O metabolismo dos animais é diferente e qualquer intervenção deve ser acompanhada por um médico-veterinário”, conclui a Dra. Nátally Franco.
Por Priscila Dezidério
Fonte: Portal EdiCase
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