A esteatose hepática, também conhecida como gordura no fígado, é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células hepáticas. Esse problema pode surgir devido a fatores como obesidade, sedentarismo, alimentação rica em gorduras e açúcares, consumo excessivo de álcool ou até por doenças metabólicas. Embora muitas vezes não cause sintomas no início, pode evoluir para inflamação no fígado (esteato-hepatite), fibrose, cirrose e até câncer hepático.
Conforme o Ministério da Saúde, a doença afeta cerca de 30% da população brasileira. Segundo o Dr. Lucas Nacif, médico cirurgião gastrointestinal e membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD), parte dos atingidos pelo problema são jovens.
“Infelizmente, estou recebendo um número crescente de jovens com diagnóstico de esteatose hepática. Isso se dá ao estilo de vida inadequado e à má alimentação, e é bastante preocupante, pois a doença, antes vista principalmente em uma população mais adulta, agora afeta a mais jovem”, alerta.
Isso é confirmado por uma pesquisa da American Association for the Study of Liver Diseases (Associação Americana para o Estudo de Doenças do Fígado, em português). O estudo, publicado em 2023, mostrou que a América do Sul foi o continente que registrou o maior aumento de adolescentes com esteatose hepática metabólica, ou seja, acúmulo de gordura no fígado.
Conforme o Dr. Lucas Nacif, a presença de uma pequena quantidade de gordura no fígado é normal, mas quando essa infiltração excede 5% do volume do órgão, surgem complicações mais sérias. “Até este ponto, a quantidade de gordura no fígado é considerada amena (ou esteatose leve) e geralmente não causa danos. Porém, quando a infiltração de gordura ultrapassa esse limiar, atingindo valores acima de 30%, ou associados a outras comorbidades, o risco de desenvolver inflamação e outras complicações hepáticas aumenta consideravelmente”, explica.
O fígado é um órgão responsável por funções importantes no corpo humano. Por isso, a gordura se torna tão preocupante. “O nosso fígado conta com funções essenciais, como o armazenamento de vitaminas (A, D, K, E), ferro e cobre, a regulação da glicose e dos níveis de colesterol, a produção de fatores de coagulação e bile, e a conversão de amônia em uréia, eliminada pela urina. Ele é como um laboratório do corpo, responsável por diversas funções vitais que mantêm nosso organismo em equilíbrio. Por isso, precisa estar completamente saudável”, ressalta o médico.
O médico explica que, para entender os sinais de gordura no fígado, é necessário compreender os três graus de esteatose hepática. O grau 1 corresponde a uma deposição leve de gordura. O grau 2 apresenta uma deposição moderada, enquanto no grau 3 a deposição de gordura é acentuada.
Embora a esteatose não esteja associada a sintomas, quando combinada à síndrome metabólica, a inflamação pode evoluir para casos graves. Esses incluem pele e olhos amarelados, acúmulo de líquido abdominal (ascite) e hematomas. O diagnóstico é realizado por meio de exames médicos regulares, como ultrassom abdominal e testes de função hepática (TGO, TGP, Gama GT).
Felizmente, é possível prevenir a gordura no fígado. O Dr. Lucas Nacif enfatiza que a prevenção e o tratamento da esteatose hepática envolvem mudanças significativas no estilo de vida. “O paciente deve evitar o consumo de álcool, que danifica as células do fígado. Além disso, é fundamental adotar uma alimentação saudável, como a dieta mediterrânea, rica em fibras, vegetais, proteínas magras, azeite de oliva e grãos integrais, e buscar manter um peso saudável por meio de uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares”, conclui.
Por Viviane Duranti
Fonte: Portal EdiCase
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