As garrafas térmicas estão presentes nas mochilas, nas mesas de escritório e até nas academias. Práticas e duráveis, elas se tornaram grandes aliadas da saúde por incentivarem a hidratação ao longo do dia. Por manterem a temperatura da bebida por mais tempo, facilitam o consumo regular de água, chás ou sucos, tornando mais fácil alcançar a quantidade ideal de líquidos recomendada diariamente.
No entanto, quando mal higienizadas, podem representar justamente o oposto: um risco silencioso à saúde. Segundo Aline Montenegro Silva, professora do curso de Biomedicina da Faculdade Anhanguera, esses recipientes criam o ambiente ideal para a proliferação de bactérias e fungos.
“A garrafinha parece inofensiva, mas é um ambiente fechado, úmido e com resíduos orgânicos que servem de alimento para os microrganismos. Isso a torna um fômite, ou seja, um veículo de contaminação direta para o nosso corpo”, alerta.
A falta de limpeza adequada pode levar à ingestão de bactérias como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus, com potencial para causar desde desconfortos digestivos até quadros graves, como infecções generalizadas.
“A Salmonella pode provocar diarreia, febre e, em casos mais graves, atingir a corrente sanguínea, levando à sepse. Já a E. coli mais agressiva pode causar danos aos vasos e até falência de órgãos”, alerta a professora. O Staphylococcus aureus faz parte da microbiota humana e participa da colonização da pele. No entanto, algumas cepas podem causar intoxicação alimentar rapidamente quando ingeridas, especialmente ao entrar em contato com restos de bebida contaminados em garrafas.
Além das infecções mais óbvias, há consequências silenciosas, mas preocupantes. “A presença constante de bactérias na água contaminada pode afetar o intestino, atrapalhar a absorção de nutrientes e alterar o pH da bebida, levando à formação de compostos tóxicos e destruição de proteínas importantes”, afirma Aline Montenegro Silva. Pessoas com sistema imunológico mais sensível, como idosos, crianças e quem tem doenças crônicas, são ainda mais vulneráveis.
Mesmo a água pura pode ser perigosa se armazenada em um recipiente contaminado. “Com o tempo, microrganismos formam o chamado biofilme: uma película invisível de bactérias sobrepostas, altamente aderente e resistente à limpeza superficial. Esse biofilme protege os microrganismos e dificulta a eliminação completa com uma simples lavadinha”, explica a especialista.
Abaixo, Aline Montenegro Silva recomenda como realizar a limpeza adequada da garrafa térmica. Veja:
Evite deixar a garrafa fechada ainda úmida e troque a água diariamente, principalmente se ficar exposta ao calor ou dentro de mochilas. Bebidas como café, leite, chá ou whey protein exigem ainda mais atenção. “Leite e derivados são altamente perecíveis. Já o café e os chás escurecem o interior da garrafa e deixam resíduos, que facilitam a formação do biofilme. Isso exige limpeza mais cuidadosa e frequente”, alerta a professora.
Segundo Aline Montenegro Silva, os melhores materiais são vidro e aço inoxidável, que acumulam menos resíduos e não têm porosidade. Já as garrafas de plástico devem ser livres de BPA e trocadas com frequência, pois microfissuras podem acumular bactérias de forma invisível.
Por Bianca Lodi Rieg
Fonte: Portal EdiCase
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