Por Redação, O Estado de S. Paulo – 02/09/2025 20:57
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira, 2, em uma coletiva de imprensa na Casa Branca que forças americanas atacaram e eliminaram no Mar do Caribe uma embarcação venezuelana que transportava drogas.
Trump mais tarde disse que 11 “narcoterroristas” morreram no ataque. A ofensiva ocorreu enquanto os traficantes do grupo Tren de Aragua se encontravam em águas internacionais, acrescentou o presidente americano na rede social Truth Social.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, por sua vez, afirmou no X que o país havia conduzido um “ataque letal” contra uma embarcação que seria operada por uma organização considerada narcoterrorista. A organização não foi identificada.
Rubio também publicou um vídeo do ataque americano à embarcação no Caribe. Ele não deu detalhes sobre a ofensiva.
O ataque ocorre semanas depois do envio de navios de guerra americanos ao Mar do Caribe. Desde o início do mandato, Trump decretou cartéis de drogas latino-americanos como grupos terrorista, o que possibilitou o uso de ativos militares contra esses grupos.
Na segunda-feira, o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que os canais de diálogo com EUA estão arruinados e disse estar pronto para a ‘luta armada’.
Os EUA enviaram navios de guerra, submarinos e aviões espiões em agosto para o mar do sul do Caribe com a justificativa de combater cartéis de drogas, em um gesto visto como ameaça à soberania nacional da Venezuela. O ataque desta terça pareceu ser a primeira operação militar desse tipo na região.
A operação tem como alvo principal o ditador venezuelano Nicolás Maduro, que a Justiça dos EUA acusa de liderar o suposto Cartel de los Soles, que atuaria no narcotráfico da região. Maduro é considerado fugitivo da Justiça americana e há uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão dele.
A ação levantou o temor de uma intervenção americana na América Latina. Maduro mobilizou a Milícia Nacional Bolivariana, criada pelo ex-presidente Hugo Chávez em 2005 e incorporada às Forças Armadas da Venezuela em 2020.
O ditador também proibiu voos de drones no espaço aéreo da Venezuela. Em 2018, dois drones detonaram explosivos perto da avenida Bolívar, onde Maduro discursava à Guarda Nacional da Venezuela.
Guarda Nacional para Chicago
Trump anunciou nesta terça-feira que enviará as tropas da Guarda Nacional para Chicago, uma cidade governada pelos democratas. Ele qualificou o local como um “inferno” devastado pelo crime armado. “Vamos entrar”, disse o presidente republicano à imprensa.
Trump negou as acusações de que ele está atacando estritamente as cidades governadas por seus oponentes políticos em uma campanha contra o crime e imigrantes irregulares.
“Isso não é uma questão política. Tenho uma obrigação quando 20 pessoas foram mortas nas últimas duas semanas e meia e 75 receberam tiros”, ele afirmou.
Trump, que em agosto já enviou tropas da Guarda Nacional para Washington, governada pelos democratas, não disse exatamente quando enviará soldados para Chicago, onde o governador e o prefeito se opõem firmemente ao plano.
Em uma publicação anterior na rede social Truth Social, o presidente dos EUA prometeu: “Vou resolver o problema do crime rápido (em Chicago), como fiz em DC”.
“Chicago é a pior e mais perigosa cidade do mundo, de longe”, afirmou. Ele acrescentou que o governador democrata do estado de Illinois, JB Pritzker, “precisa desesperadamente de ajuda, apenas não sabe”.
Pritzker, que já havia chamado Trump de “ditador”, enfrentou o presidente republicano nos últimos dias, acusando-o de preparar uma “invasão” de militar em Chicago.
“Nada disso é sobre combater o crime ou tornar Chicago mais seguro”, disse Pritzker à imprensa nesta terça-feira. “Para Trump, trata-se de testar seu poder e gerar um drama político para encobrir sua corrupção”, ele acrescentou.
Saúde de Trump
O presidente americano descartou os rumores que durante dias circularam nas redes sociais sobre sua saúde como “notícias falsas”, durante a coletiva de imprensa na Casa Branca desta terça-feira.
“É sério? Não vi isso”, disse o republicano de 79 anos quando um jornalista comentou em tom de brincadeira: “Como ficou sabendo durante o fim de semana que estava morto?”, em referência a uma especulação nas redes sociais de que ele estaria com problemas de saúde.
Após vários dias sem aparecer diante da imprensa, algumas pessoas chegaram até a sugerir que o mandatário havia morrido.
“Isso são notícias falsas”, acrescentou Trump, que costuma se gabar de ter uma ótima saúde, e lembrou que deu várias coletivas de imprensa na semana passada.
“Depois não dei nenhuma durante dois dias, e disseram: ‘Deve haver algo errado com ele’ (…)”, Trump afirmou.
O presidente americano não participou de eventos públicos durante seis dias consecutivos antes da coletiva de imprensa desta terça-feira, embora em um deles tenha tocado música no Jardim das Rosas e depois tenha sido visto indo jogar golfe durante o fim de semana prolongado pelo Dia do Trabalho nos Estados Unidos.
“Estive muito ativo no fim de semana”, insistiu Trump.
O magnata republicano é a pessoa de maior idade a ser eleita presidente dos Estados Unidos.
Em julho, a Casa Branca afirmou que os hematomas visíveis na mão direita de Trump se deviam a uma “irritação” causada pelos “frequentes apertos de mão” e ao uso de aspirina como parte de um tratamento cardiovascular padrão.
Além disso, indicou que suas pernas estavam inchadas devido a uma insuficiência venosa crônica, uma condição benigna e comum. Essa condição implica em danos nas veias das pernas que impedem o fluxo sanguíneo adequado.
O médico presidencial, Sean Barbabella, afirmou em uma carta publicada pela Casa Branca na época que Trump “se mantém em excelente estado de saúde”.
A saúde dos presidentes sempre foi tema de interesse e discussão nos Estados Unidos. Mas com a eleição de Joe Biden em 2020 e de Trump em 2024, ambos com quase 80 anos, a questão ganhou uma nova dimensão.
Trump afirmou que os democratas encobriram o deterioramento mental e físico de seu predecessor, que tinha 82 anos quando deixou o cargo em janeiro.
A saúde de Biden foi um tema central nas eleições de 2024, e o então presidente foi obrigado a abandonar a campanha para um segundo mandato após um desempenho desastroso no debate contra Trump. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
Por: Estadão Conteúdo
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