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‘Temos de aprender com quem é melhor’


Luiz Felipe Scolari foi apresentado como coordenador técnico do Grêmio nesta terça-feira. Mas não falou apenas do clube. Pentacampeão com a seleção brasileira em 2002, o ex-treinador foi questionado sobre o que acha de Carlo Ancelotti dirigindo a esquadra verde e amarela e, com enorme sinceridade, não apenas elogiou o principal candidato da CBF ao cargo como disse que “temos de aprender com quem é melhor.”

Último campeão dirigindo o País, Felipão falou com a experiência de quem já esteve do outro lado, dirigindo seleções de outros países, para acabar com as reprovações, discordâncias e preconceitos na possibilidade de um estrangeiro assumir a pentacampeã mundial.

“Eu, como técnico, já participei em seleções do Kuwait, de Portugal. Essa reserva de mercado acho bobagem. A condição de trabalho de uma pessoa, se ela é boa aqui, é boa no Japão, na China, em qualquer lugar. Não temos de ter medo de ninguém. Ou somos bons, somos os melhores ou aprendemos com quem é melhor que nós”, afirmou Felipão, vendo em Ancelotti um grande nome. “Pelo que eu conheço do Carlo, é um técnico espetacular, uma pessoa espetacular.”

Felipão aproveitou para pedir respeito ao italiano, que já teria tudo acertado com a CBF e viria após o fim do Campeonato Espanhol. “Carlo Ancelotti, se vier a treinar o Brasil, será muito bem recebido. Aliás, vamos tratá-lo como ele merece realmente”, disse. “Não vejo que tenhamos que blindar só treinadores brasileiros. Nós saímos daqui, vamos trabalhar fora e achamos muito legal e queremos a reciprocidade dos que estão lá fora, então vamos dar a reciprocidade também, se por acaso for assim.”

Sobre o retorno ao Grêmio, Felipão garantiu que não será mais técnico na carreira e explicou que não trabalhará diretamente com os jogadores. “Eu não sou a pessoa que vou trabalhar com os jogadores. Eu não vou estar presente dizendo para colocar este ou aquele porque não é da minha função. Posso emitir pareceres, escuta quem quiser”, explicou.

O coordenador, porém, elogiou o grupo de atletas e a parceria com o amigo Mano Menezes. “Tecnicamente é muito bom time. Existem outros aspectos que a equipe precisa para ser um bom time. Acho que o Mano, aos poucos, vai ajeitando essa equipe”, mostrou confiança. “O Mano conhece, é da casa, é um treinador que tem o Grêmio nas mãos. Eu trabalharia com qualquer pessoa, mas com o Mano mais ainda, pela amizade que nós temos há muito tempo.”

Aproveitou para explicar o motivo de ter recusado o cargo em dezembro, quando se reuniu com o presidente Alberto Guerra. “Eu não pude vir ao Grêmio neste início de ano porque havia dedicado o fim do mês de janeiro aos meus netos lá em Portugal.”



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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