TCE-SP suspende programa de escolas cívico-militares de Tarcísio


O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE) suspendeu a execução do Programa Escola Cívico-Militar, criado pela gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Procurado, o governo paulista disse apenas que ainda não foi notificado.

Na decisão, o Tribunal reconheceu irregularidades na proposta, dentre elas:

. uso de verbas da educação para o pagamento de policiais militares, caracterizando desvio de finalidade;

. ausência de estudos prévios de impacto orçamentário e financeiro;

. falta de planejamento detalhado, metas e indicadores de desempenho;

. afronta à Constituição e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

A medida foi tomada após representação apresentada pelo Coletivo Educação em 1º Lugar, integrado por parlamentares do PSOL. Dentre eles, a deputada federal Professora Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador Celso Giannazi.

Além da suspensão imediata do programa, o TCE vetou o uso de recursos da Secretaria da Educação para o custeio de policiais militares. Também ordenou a análise da regularidade das despesas já realizadas e abriu a possibilidade de responsabilização dos agentes públicos que autorizaram os gastos apontados como irregulares.

Com a decisão, o governo estadual só poderá retomar o programa caso apresente estudos de impacto financeiro, planejamento detalhado, metas claras e comprovação de compatibilidade com a Constituição e a legislação educacional.

Imbróglio na Justiça

No início de agosto, o Tribunal de Justiça autorizou o governo de São Paulo a seguir com o edital de seleção que prevê a contratação de policiais militares reformados para atuar como monitores do programa das escolas cívico-militares, no Estado. As contratações chegaram a ser suspensas após uma ação direta de inconstitucionalidade movida pela Apeoesp, o sindicato dos professores do ensino do Estado de São Paulo, que questionava o edital de seleção.

Os policiais contratados são PMs da reserva e que iriam trabalhar como monitores nas cem escolas cívico-militares que aderiram ao programa, e anunciadas pela Seduc no primeiro semestre. O governo previa o treinamento e a ambientação dos militares em junho, mas o imbróglio judicial atrasou o processo de seleção. Os resultados foram divulgados em 26 de agosto, e os novos monitores começariam as atividades em 8 de setembro.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Anisimova derrota Osaka e vai enfrentar Sabalenka na decisão do título do US Open

Amanda Anisimova garantiu, nesta madrugada de sexta-feira, pela segunda vez consecutiva uma vaga em final…

2 horas ago

‘Uma lista com 26 nomes é muito difícil’

A vitória por 3 a 0 sobre o Chile, nesta quinta-feira, no Maracanã, deixou o…

3 horas ago

Horóscopo do dia: previsão para os 12 signos em 05/09/2025

Nesta sexta-feira, o movimento dos astros trará uma energia intensa e transformadora, que poderá afetar…

3 horas ago

Paquetá celebra poder voltar a jogar ‘futebol leve’ e Luiz Henrique exalta ‘alegria’ na seleção

Lucas Paquetá e Luiz Henrique foram as duas boas notícias para Carlo Ancelotti na seleção…

4 horas ago

Brasil joga bem no Maracanã e derrota Chile pelas Eliminatórias

Na última atuação diante da torcida brasileira pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo,…

4 horas ago

Brasil é dominante e vence Chile em noite do 1º gol de Estêvão e retorno triunfante de Paquetá

Já classificada para a Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira venceu o Chile…

4 horas ago

This website uses cookies.