GOIAS

SES alerta sobre perigo do alcoolismo para saúde do usuário, família e sociedade

Em meio às comemorações do Carnaval, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância da conscientização sobre as consequências do alcoolismo. Dados do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa) de 2024 mostram que a prevalência de mortes entre pessoas internadas devido ao uso de álcool no Brasil dobrou de 3% em 2010 para 6% em 2023. Outra pesquisa, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicada no The Lancet Regional Health – Américas, revela que uma em cada 33 mortes no país está relacionada a doenças hepáticas, incluindo a esteatose, causadas ou aceleradas pelo alcoolismo.

Com a destruição física, há também os danos sociais e emocionais. É o caso de um dos pacientes que buscam apoio para se livrarem do alcoolismo, além de outras drogas no Complexo de Referência Estadual em Saúde Mental Prof. Jamil Issy (Cresm), unidade do Governo de Goiás que atende pessoas com dependências químicas.

Cresm soma 8,7 mil pacientes entre 2020 e 2024. Mais de 80% deles identificaram o álcool como substância de abuso

Paciente de 38 anos diz estar lutando para recuperar os dez anos perdidos com o álcool. “Isso não é brincadeira, acreditem em mim. (Isso) me tirou tudo”, revela. Ele perdeu profissão, casa, esposa e o contato com o filho de 8 anos. “Ele é meu motivo de estar aqui lutando”, completa. Essa história faz parte dos 8,7 mil pacientes atendidos pelo Cresm de 2020 a 2024 – 83,64% deles identificaram o álcool como sua principal substância de abuso.

O médico psiquiatra e diretor técnico do Cresm, Danilo Fiorotto, faz questão de reforçar que o álcool é um perigo, e não pode ser minimizado, mesmo em épocas festivas como o Carnaval. “A forma como a sociedade encara o uso do álcool, sua normalização é um problema, porque as pessoas tendem a beber cada vez mais cedo e em situações sociais”, cita. “Todo consumo tem riscos, e pode evoluir de um ato de busca pelo prazer para se tornar compulsão, necessidade”. Outro alerta é sobre a desinibição causada pelo álcool, que pode levar ao uso de outras drogas. No próprio Cresm, 98,4% dos pacientes disseram fazer uso de mais de uma substância.

Em geral, o acesso ao Cresm se dá pelo ambulatório ou pela internação. Os pacientes são encaminhados pelas unidades que integram a Rede de Atenção Psicossocial (RAPs), como Unidades Básicas de Saúde/Estratégia de Saúde da Família (UBS/ESF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPs) e hospitais gerais que solicitam a vaga no Cresm, sempre por meio da regulação estadual.

“Temos uma equipe completa, multidisciplinar e multiprofissional, capaz de acolher o paciente e a família e, de fato, trazer um acompanhamento médico, psicológico, de serviço social, odontológico, de educação física e de outras áreas, como arteterapia”, enumera o médico Danilo Fiorotto.

Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

Dener Rafael

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