Por Redação, O Estado de S. Paulo – 02/07/2025 07:48
Após muita negociação, o Senado dos EUA aprovou nesta terça-feira, 1º, o orçamento proposto por Donald Trump, que prevê corte de impostos e de programas sociais. O placar final foi 51 a 50, com o voto de Minerva dado pelo vice-presidente J.D. Vance. “Isso é música para os meus ouvidos”, disse o presidente, que batizou o projeto de “Lei Grande e Bonita”. O bilionário Elon Musk voltou a criticar a aprovação e ameaçou novamente criar um novo partido político.
O orçamento agora volta para a Câmara para uma última votação, antes de seguir para a assinatura de Trump. Os republicanos, no entanto, têm uma maioria ainda mais apertada de deputados. Em maio, quando a lei passou pela primeira votação, o placar foi de 215 a 214.
A razão de tanta dificuldade para aprovar o projeto é que o orçamento é extremamente impopular. Ele prevê US$ 3,8 trilhões em cortes de impostos, mas não cria novas receitas, aumentando em US$ 3,3 trilhões a dívida dos EUA até 2034. Além disso, o projeto aumenta os gastos com segurança na fronteira e forças armadas, mas corta US$ 1,1 trilhão do sistema de saúde, deixando 11,8 milhões de americanos sem cobertura nos próximos dez anos.
Musk
Por isso, muitos governistas criticaram o orçamento, principalmente os políticos que disputam a reeleição em novembro de 2026. Três senadores republicanos – Susan Collins, Thom Tillis e Rand Paul – se juntaram aos democratas para votar contra o projeto.
Musk também torceu o nariz para a lei orçamentária, embora por razões diferentes – o projeto corta subsídios para veículos elétricos, vital para a Tesla. Ontem, as ações da empresa chegaram a cair 7%. Os dois ex-aliados retomaram a troca de ameaças online.
O bilionário prometeu, assim como fez ao sair do governo, em junho, criar um novo partido – o “Partido da América” -, para romper a dualidade republicano-democrata. Ninguém sabe até que ponto a ideia é apenas retórica, mas a sugestão causa calafrios na elite política. O presidencialismo americano é escorado no bipartidarismo. Uma terceira força poderia “roubar” votos das duas legendas e bagunçar as eleições – um presidente poderia ser eleito por uma minoria no colégio eleitoral e o Congresso ficaria fragmentado, dando ares parlamentaristas à política americana.
Os dois maiores obstáculos para um terceiro partido seriam financeiros e organizacionais: a falta de dinheiro para montar uma estrutura partidária em nível nacional e a pouca cobertura da imprensa. Musk, porém, tem uma fortuna de US$ 363 bilhões e reconhecimento global, por meio do X.
Especialistas afirmam que a irritação dos americanos com democratas e republicanos torna o ambiente mais propício para a aceitação de um terceiro partido, mas lembram que Musk já fez a mesma ameaça antes, e depois recuou.
Ontem, Trump tirou da cartola velhas ameaças contra Musk: fim dos subsídios às empresas do bilionário e até deportá-lo para a África do Sul. “Não sei (sobre a deportação). Temos de dar uma olhada nisso. Talvez a gente coloque o Doge (Departamento de Eficiência Governamental) em cima do Elon”, disse.
Cidadania
Trump não ameaçou apenas Musk. Outro alvo de ontem foi Zohran Mamdani, candidato democrata e favorito a vencer a eleição para a prefeitura de Nova York, em novembro. Ele nasceu em Uganda, filho de indianos, e se naturalizou em 2018. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, disse que o governo analisa a revogação de sua cidadania, alegando que ele “apoia o terrorismo” – Mamdani defende abertamente o direito dos palestinos. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por: Estadão Conteúdo
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