De acordo com as informações apuradas pela redação do Plantão de Notícias 24 Horas, quatro pessoas suspeitas de envolvimento com o cultivo de maconha, morreram na manhã desta quinta-feira, 20, na região rural de Cavalcante próximo da divisa com o município de Colinas do Sul.

Com os indivíduos a polícia apreendeu cinco armas de fogo, sendo uma espingarda e quatro revólveres. Além das armas, também foi recolhido uma prensa usada para preparar a erva, uma balança, e destruíram aproximadamente 500 pés de maconha que estavam plantados.

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Consta no boletim de ocorrência que na quarta-feira, dia 19, a Polícia Militar recebeu informações de que na região entre Colinas do Sul e Cavalcante existia uma plantação de maconha, porém, o denunciante não sabia informar a localização correta de onde a erva estava sendo cultivada.

O informante disse que a plantação estaria em um dos assentamentos (Real 1 ou Mãe Preta), o que motivou os policiais fazerem a averiguação dos fatos. O Grupo de Patrulhamento Tático - GPT - de Niquelândia deslocou para o município de Colinas do Sul, e junto com a equipe de área da cidade, deslocaram para a região informada.

O local era de difícil acesso, sendo necessário que a equipe da viatura menor a deixasse de um lado do rio e seguisse a pé pela mata. Após percorrer cerca de dois quilômetros dentro da mata a equipe policial localizou a plantação da maconha e visualizou cerca de sete indivíduos que estavam em uma área coberta, onde foi verbalizado para eles se rendessem, no entanto, não obedeceram, e realizaram disparos de arma de fogo contra os policiais, que revidaram e alvejaram quatro deles. Os demais conseguiram fugir.

De acordo com a polícia, no local não havia cobertura telefônica para o acionamento do resgate. Assim, os policiais colocaram os baleados na viatura do GPT e os encaminharam para o Hospital Municipal de Colinas do Sul, que fica aproximadamente 35 km do local onde houve o confronto, sendo então constatado o óbito dos quatro indivíduos.

De volta ao local onde a droga foi encontrada, os policiais utilizando de ferramentas manuais, fizeram o corte de aproximadamente 500 pés de maconha e queimaram as mesmas exterminando a lavoura de canábis, e realizando a apreensão de outros equipamentos que eram utilizados pelos criminosos, como, as cinco armas de fogo, uma balança, uma prensa, embalagens plásticas para envolver a erva e vidros de armazenamento. Todo material foi encaminhado e apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Cavalcante.

Dos 04 que morreram no confronto, dois deles não possuíam documentações, ficando a cargo da Polícia Científica fazer a identificação, caso não comparecessem seus parentes no hospital de Colinas. Os outros dois foram identificados como Salviano Souza Conceição, de 63 anos, natural de Alto Paraíso de Goiás, e Alan Pereira Soares, de 27, natural de Colinas do Sul.

Excesso por parte da polícia
Um parente de um dos suspeitos que foi morto, que não quis se identificar para o portal Mais Goiás, contou que a versão dos policiais não é verdadeira e que houve excesso por parte da corporação.

De acordo com a pessoa, policiais não tinham mandado judicial para entrar no local:

“Aquilo que eles estão falando não é verdade. Quem autorizou a operação? Cadê o mandado? Qual juiz autorizou a entrada na terra? Implorei por informações, mas ninguém me disse nada. Eu tenho o direito de saber o que aconteceu” - disse a pessoa ao Mais Goiás.

A pessoa também contou à reportagem que as pessoas envolvidas deveriam ter sido presas e que, na verdade, foram mortas pelos policiais.

“Todos estão completamente destruídos. Todos com tiros no rosto. Isso não tem nenhuma explicação aceitável. Quem tem que decidir é o juiz e não os policiais. Eles deveriam ter sido presos. Eles não tiveram chance. Foram todos assassinados”, concluiu.



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