Santos vê risco de queda no Brasileirão subir em meio à incerteza sobre renovação de Neymar

4 Min de leitura


O Santos vive, pelo segundo Brasileirão consecutivo, o risco de um rebaixamento à segunda divisão aumentar nas últimas rodadas. Na 16ª posição na tabela, a equipe está a apenas um ponto do Vitória, primeiro clube no Z-4. O cenário gera incertezas no clube, em especial com relação ao orçamento para 2026 e o futuro de Neymar, que tem contrato somente até dezembro deste ano.

O estafe do camisa 10 e o clube ainda não chegaram a um denominador comum quanto à extensão do vínculo para 2026, pelo menos até a Copa do Mundo do Canadá, EUA e México. O atacante trabalha para se recuperar fisicamente e retornar aos gramados a partir de novembro, justamente para reforçar a equipe de Juan Pablo Vojvoda na luta contra o rebaixamento.

Neste momento, segundo o modelo do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a equipe alvinegra tem 35,4% de risco de queda para a Série B nesta temporada. Permanecer na Série A é um fator para que Neymar e a direção santista cheguem a um acordo para a extensão do vínculo do atacante na Vila Belmiro.

Quando retornou ao clube, no início deste ano, Neymar assinou somente até junho. Depois, estendeu sua continuidade no País até dezembro, mas problemas físicos o acompanharam até aqui. Dessa vez, ele se recupera de uma lesão de grau 2 no reto femoral da coxa direita, mas já passou por lesões musculares e incômodos em sua passagem pelo Brasil.

Neymar disputou 13 partidas no Campeonato Brasileiro, com três gols. Desde o empate por 1 a 1 com o Atlético-MG, no entanto, o atacante se tornou desfalque de Vojvoda. Marcelo Teixeira, presidente do Santos, admite que a tendência é de que o atacante permaneça na equipe em 2026. Mas isso passa diretamente pela permanência na primeira divisão.

“O contato com o pai do Neymar é constante. Não discutimos em nenhum momento a renovação. A tendência é de que o Neymar permaneça. O projeto do retorno do Neymar não é para seis meses ou um ano, o retorno dele foi visando a Copa do Mundo do ano que vem, para o Santos e para o Brasil. Mas hoje o foco é no Campeonato Brasileiro”, apontou, após empate por 2 a 2 com o Botafogo.

Garantir a permanência do Santos na Série A também auxilia nas finanças do clube. Em 2024, quando disputou a Série B pela primeira vez, a equipe registrou um déficit e um aumento no endividamento, já que o orçamento do clube foi projetado para a disputa da primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

O balanço do clube apontou um déficit de R$ 105,2 milhões em 2024 e aumento de 26% nas dívidas, que chegaram à marca de R$ 977,04 milhões no último ano. Sem a Série A em 2026, o Santos sofreria uma redução nas receitas esperadas, já que a renda da segunda divisão é inferior.

VEJA O RISCO DE REBAIXAMENTO DO BRASILEIRÃO:

Sport – 99,95%

Juventude – 93,8%

Fortaleza – 78,8%

Vitória – 57,9%

Santos – 35,4%

Internacional – 10,2%

Ceará – 9,7%

Red Bull Bragantino – 8,5%

Atlético-MG – 3,9%



Por: Estadão Conteúdo

Compartilhar