Ronaldo Fenômeno critica eleição na CBF: ‘Palhaçada vai continuar’


Interessado em concorrer à presidência da Confederação Brasileira de Futebol há alguns meses, Ronaldo teve um choque de realidade ao não ter o apoio necessário das federações que regem o futebol no País. Agora que o ex-presidente Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo pela Justiça do Rio, o lendário camisa 9 demonstrou toda sua indignação com o momento político que a CBF vive há tempos.

Convidado pela Ferrari para acompanhar in loco o GP da Emilia-Romagna de Fórmula 1 em Ímola, na Itália, Ronaldo concedeu uma entrevista neste domingo à TV Band e usou duras palavras para criticar a entidade que organiza o futebol mundial. “Isso não é novidade para ninguém. O que está acontecendo agora já aconteceu outras vezes. A gente está vivendo um momento terrível, mas o mais impressionante é que a gente não vê uma luz no fim do túnel, né?”, declarou.

“Enquanto o estatuto da CBF for esse que é agora, que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar”, continuou o Fenômeno. “Não tem absolutamente nenhuma chance de reforma no futebol brasileiro. Eu diria que muda a página, mas o livro é o mesmo. É tudo farinha do mesmo saco.”

Depois, o ex-jogador fez questão de lamentar o momento conturbado que o principal esporte do Brasil vive. “É uma pena, porque o futebol brasileiro tem um potencial tão grande. Com talentos, jogadores… bastaria só fazer uma reforma importante para que a gente pudesse ter esperança de voltar a vencer títulos novamente e reconectar a seleção brasileira ao torcedor brasileiro.”

“Mas isso não vai mudar. Vai maquiar um pouco o que está acontecendo, mas daqui a pouco volta a mesma história, voltam os escândalos, volta a corrupção… Enquanto o poder estiver na mão deles, eles vão ficar entre eles e nada vai mudar”, finalizou.

RELEMBRE O CASO

Ronaldo tentou ser candidato para concorrer à presidência da CBF, mas sequer foi ouvido pela maioria das federações. Recentemente, ele ironizou o manifesto assinado por 19 delas em apoio à decisão da Justiça do Rio que afastou Ednaldo Rodrigues.

Para concorrer, ele precisaria do apoio de, ao menos, quatro federações estaduais e quatro clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro. “Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo”, reclamou à época.

Sem a candidatura de Ronaldo, Ednaldo Rodrigues teve caminho aberto para uma inédita aclamação unânime.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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