resultado da cidade de SP é o 17º entre as capitais; Estado é o 13º


Apesar de melhorarem seus resultados e atingirem suas metas de alfabetização de crianças, a capital paulista ficou 17º lugar no ranking de capitais e o Estado, em 13º. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 11, pelo Ministério da Educação (MEC)

Além disso, nem o Estado nem a cidade conseguiram ter um índice de estudantes alfabetizados maior que a média nacional.

A Secretaria Municipal de Educação diz estar feliz com o desempenho, mas prevê avançar mais. A Secretaria Estadual da Educação também afirmou que os resultados mostram “avanços”.

No Estado, 58,13% das crianças de 7 anos sabem ler e escrever e na capital não chega nem à metade, são 48,25%. A média do Brasil é 59,2%.

Estar alfabetizada significa que a criança consegue escrever bilhetes e convites, ler textos simples do cotidiano, tirinhas e histórias em quadrinhos. A prova é realizada com alunos do 2º ano do ensino fundamental de escolas públicas.

A capital melhorou um pouco o resultado que havia causado desconforto durante a campanha eleitoral do ano passado para reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Apesar de ser a cidade mais rica do País, São Paulo estava em 21º lugar no ranking de 2023, com apenas 37,9% das crianças alfabetizadas.

As capitais melhor posicionadas são Fortaleza, Vitória, Goiânia e Belo Horizonte, respectivamente, todas com cerca de 70% das crianças alfabetizadas. O MEC divulgou resultados de apenas 23 capitais. Florianópolis, Porto Alegre e Natal não atingiram 70% de participação e por isso ficaram sem índice.

“Nós superamos a meta. Estamos felizes com esse resultado, e claro que temos de avançar cada vez mais. Agora é olhar para as escolas, cada uma, entender quais são as que precisam de mais apoio para que possamos continuar avançando”, afirmou o secretário municipal de Educação da capital, Fernando Padula, que estava em Brasília para a divulgação dos resultados.

Padula creditou o melhor resultado a uma política de professores de recuperação, materiais “mais instigantes e lúdicos”, além de uma seleção com avaliação prática dos professores.

As metas estipuladas pelo MEC são específicas para cada Estado ou município e levam em conta o desempenho atual. Para 2025, a meta da capital será a de 51,06.

Entre os Estados, SP fica abaixo da média nacional

No ranking de Estados, São Paulo fica em 13º lugar entre as 26 unidades da federação que participaram. Roraima não teve índice computado este ano por questões técnicas.

Quem puxa o resultado nacional para cima são Estados como Ceará, o único com mais de 80% das crianças sabendo ler e escrever na idade certa, e ainda Goiás, Minas, Espírito Santo e Paraná, todos com índice maior que 70%.

Os resultados divulgados nesta sexta-feira, 11, são referentes a provas realizadas em outubro e novembro de 2024.

Em nota, a secretaria estadual afirmou que “obteve avanços significativos em relação a alfabetização, tanto na rede estadual quanto na municipal, por meio do programa Alfabetiza Juntos SP em parceria com os municípios, cujo investimento soma R$ 300 milhões”. Afirmou ainda que os dados do MEC “mostram consonância com este resultado, uma vez que houve avanço de 6.22 p.p. em comparação a 2023 e a meta estabelecida foi ultrapassada”.

Esta é a segunda vez que o governo federal divulga os dados do Indicador Criança Alfabetizada, que foi criado ano passado pelo MEC para mostrar anualmente quantas crianças sabem ler e escrever no País.

O Brasil não conseguiu atingir a meta de crianças de 7 anos que deveriam estar alfabetizadas em 2024, que era de 60%. O índice atual foi de 59,2% e, segundo o MEC, o objetivo não foi conquistado porque o Rio Grande do Sul teve piora nos resultados – as escolas ficaram fechadas por muito tempo por causa das fortes enchentes que atingiram o Estado. No ano passado, o índice nacional era de 56%.

O ministério não faz uma avaliação própria e, sim, usa os resultados de exames realizados pelos Estados com alunos do 2º ano do ensino fundamental de escolas públicas.

Segundo o MEC, o governo federal inclui alguns perguntas nos testes estaduais para que haja padronização dos resultados. São 16 itens de múltipla escolha, dois de resposta construída e um de produção textual.

O ministério estabeleceu também uma pontuação mínima de 743 pontos na avaliação para que uma criança seja considerada alfabetizada. Dois milhões de estudantes participaram das provas em 42 mil escolas.

O modelo é criticado por alguns especialistas que afirmam que diferenças nas provas podem comprometer a comparação dos resultados.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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