Renato aceita convite de Abel para futevôlei e desabafa: ‘Não comprei meus títulos’

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O técnico do Fluminense, Renato Gaúcho, brincou com o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, nesta semana. O comandante da equipe alviverde disse ser um admirador do trabalho de Renato Gaúcho. Abel Ferreira, inclusive, pediu para ser convidado pelo técnico do Fluminense para “jogar futebol em Copacabana”.

Renato Gaúcho topou o desafio de Abel, mas fez uma correção ao português, dizendo que a sua praia predileta é a de Ipanema. “Eu fiquei muito contente com os elogios dele (Abel Ferreira), mas nessa parte ele foi mal (risos). Com todo o respeito a Copacabana, é Ipanema (a melhor praia). Mas, quando eu voltar para o Brasil, quando a gente tiver um tempinho, pode ter certeza que eu vou cuidar dele para jogar um futevôlei”, disse Renato Gaúcho ao site GE.

“E tomar aquele chopinho porque ninguém é de ferro, né? Dá para aprender (depois de velho). A gente ensina tanta coisa para os nossos jogadores que entre a gente pode ter certeza que vai dar jogo”, completou, com bom humor.

Renato Gaúcho tem realizado uma grande campanha com o Fluminense no Mundial de Clubes da Fifa. O time brasileiro é o único representante de fora da Europa nas semifinais. Nesta terça-feira, o clube carioca encara o Chelsea em busca de uma vaga na grande decisão. Taticamente, Renato Gaúcho tem sido elogiado pela imprensa nacional e internacional.

“Eu acho que algumas pessoas viam, mas não queriam aceitar, mas agora elas têm que aceitar, vão ter que dar o braço a torcer. O meu currículo fala comigo, eu não comprei os meus títulos, eu conquistei os títulos juntamente com os meus grupos”, discursou o comandante do Fluminense.

O treinador ainda justificou os motivos pelos quais não gosta de abordar com frequência a parte tática em entrevistas e conversas com jornalistas. “Uma das coisas que eu mais converso, é só você pesquisar com todos os jogadores, com todos os grupos que eu trabalhei, o quanto eu falo de parte tática. Então, muita gente fala, porque o Renato não fala de parte tática nas entrevistas, mas com todo o respeito a você, eu não tenho que falar de parte tática com você, jornalista. Tenho que falar de parte tática com os meus jogadores, é com eles que eu tenho que falar. Até porque eu poderia perguntar assim, será que todos os jornalistas entendem a parte tática?”, indagou.

“É uma boa pergunta, porque tem muitos que eu costumo chamar de engenheiro de obra pronta. ‘Ah, fez o esquema, deu certo, não é bom, o esquema foi muito bom, ele treinou, esse era o esquema’. Aí quando monta o esquema e não ganha, ‘ah, fez mal, não entende, estragou, o esquema não foi bom’. Aí o engenheiro de obra pronta, ganha é bom, perdeu é ruim. Então eu costumo falar muito de parte tática, eu procuro falar principalmente quando eu estou com o meu grupo no vídeo e depois em campo com eles. É com o meu grupo. Esse é o meu pensamento, na minha cabeça, é com o meu grupo que eu tenho que falar de parte tática”, reforçou.

O treinador valorizou o desempenho do Fluminense na competição nos Estados Unidos, independentemente de conseguir a classificação para a decisão. “Para mim está sendo um título essa Copa do Mundo. Porque nós estamos enfrentando os melhores times do mundo. Hoje, o Fluminense é um dos quatro melhores do mundo. E enfrentamos as potências do futebol mundial. Muita gente não acreditava”, afirmou.

“E hoje a gente está levando o futebol brasileiro no mais alto nível possível. Até pouco tempo, o Flamengo, o Botafogo e o Palmeiras também vinham jogando bem. Então a gente está resgatando, digamos assim, no mundo a credibilidade do futebol brasileiro. Porque o Fluminense vem fazendo uma coisa muito bonita. É como se fosse um título. A gente sabe que tem uma semifinal pela frente. Mas, por tudo que a gente vem fazendo, eu tenho certeza que a nossa torcida está bastante orgulhosa e tem que ficar por tudo que o Fluminense vem fazendo”, continuou.



Por: Estadão Conteúdo

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