relembre carreira meteórica do ator e indicações póstumas ao Oscar

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James Dean, considerado um dos grandes ícones do cinema dos Estados Unidos nos anos 1950, morreu há 70 anos, em 30 de setembro de 1955. Com apenas 24 anos de idade, uma ascensão meteórica e uma carreira curta, interrompida por um acidente de carro, foi indicado ao Oscar de forma póstuma por duas vezes, e é reverenciado até os dias de hoje.

Em 2019, por exemplo, sua família chegou a autorizar os direitos de imagem para que um ‘novo James Dean’ surgisse em cena graças à computação gráfica. A ideia, à época, era utilizá-lo como protagonista de um filme sobre a guerra do Vietnã, intitulado Finding Jack. À época, o fato gerou críticas da classe artística, mas evidenciou também a relevância do nome de Dean, que se mantém em evidência mesmo com o passar das décadas.

Carreira meteórica

Ao todo, foram sete filmes. Entre 1951 e 1953, fez papéis pequenos ou coadjuvantes em O Marujo Foi na Onda, Baionetas Caladas, Sinfonia Prateada e Atalhos do Destino. O destaque viria dois anos depois, em 1955, com os protagonistas Cal Trask, de Vidas Amargas, e Jim Stark, de Juventude Transviada.

Em ambos, deu vida a um jovem em conflito com o seu redor. No primeiro, a tensão se dava especialmente com seu irmão em uma família tumultuada, como uma menção à história bíblica de Abel e Caim. No outro, um desajustado que chegava a ser preso e se envolvia com outros jovens que não eram exatamente das melhores companhias. James Dean ainda filmou Assim Caminha a Humanidade, em que contracena com Elizabeth Taylor e Rock Hudson. O filme foi lançado somente após sua morte, em 1956.

Por que James Dean foi tão marcante na história do cinema

Em análise publicada no Estadão há alguns anos, o crítico Luiz Carlos Merten descreveu James Dean como um ator “insuperável em cenas de descontrole emocional”: “O que ele colocou na tela foi a personificação da rebeldia e das angústias próprias da juventude da década de 1950”. “O fato de haver morrido tão jovem consolidou o mito”. (Clique aqui para ler mais)

Tudo isso se somou para que o ator fosse indicado ao Oscar em duas ocasiões – ambas, de forma póstuma. Em 1956, por Juventude Transviada, quando o prêmio de melhor ator foi vencido por Ernest Borgnine (Marty). Também disputaram Frank Sinatra (O Homem do Braço de Ouro), James Cagney (Ama-Me ou Esquece-Me) e Spencer Tracy (Conspiração de Silêncio).

Já no ano seguinte, foi indicado novamente ao prêmio de melhor ator, desta vez vencido por Yul Brynner (O Rei e Eu). Também disputaram a estatueta seu colega de Assim Caminha a Humanidade, Rock Hudson, Kirk Douglas (Ricardo III), e Laurence Olivier (Sede de Viver).

A morte de James Dean

Em 30 de setembro de 1955, James Dean saiu de Hollywood em seu Porsche Spider em direção ao norte do Estado da Califórnia. O jovem Donald Turnispeed, de 23 anos, da cidade de Tulare, também pegava a estrada naquele dia. Numa via a cerca de 45 km de El Paso de Robles, os dois veículos se chocaram.

Turnispeed saiu com alguns machucados no rosto e no nariz. Rolf Weutherich, um mecânico de Hollywood que acompanhava o ator sofreu uma fratura na perna e outra na mandíbula. James Dean, porém, morreu antes mesmo que pudesse ser levado a um hospital. Curiosamente, 13 dias antes do acidente, ele havia participado de um comercial alertando para a segurança do trânsito.



Por:Estadão Conteúdo

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