Referência do jazz no Brasil, guitarrista Hélio Delmiro morre aos 78 anos


Por Redação, O Estado de S. Paulo – 18/06/2025 07:35

Hélio Delmiro, referência do jazz no Brasil, morreu na segunda-feira, 16, aos 78 anos, em sua casa, em Brasília, onde seus três filhos moram. A notícia foi confirmada pela filha do músico nas redes sociais. A causa da morte do guitarrista e violonista carioca, que era diabético, não foi divulgada.

No ano passado, após passar mal em um show no Sesc Pompeia, em São Paulo, artista foi diagnosticado com problemas renais que exigiam hemodiálise três vezes por semana.

Delmiro integrou a banda de Elis Regina e gravou com vários nomes importantes da música americana, como a cantora de jazz Sarah Vaughan e o contrabaixista Charlie Haden, e da brasileira, como Clara Nunes, João Bosco, Elizete Cardoso, João Donato, Carlos Lyra, Renato Russo, Tom Jobim, Arthur Verocai, Marcos Valle, entre outros.

Delmiro, que nasceu em uma família de músicos e ganhou um cavaquinho com apenas 5 anos, iniciou as atividades artísticas na adolescência. Por causa do seu amor à bossa nova, voltou-se para o violão e logo passou a integrar o grupo do maestro Moacyr Silva, que se apresentava em bailes.

Em 1967, ele atuou, ao lado de Antônio Adolfo (piano), Gusmão (baixo), Nelsinho (bateria) e os cantores Eduardo Conde e Beth Carvalho, no conjunto 3-D. Nessa época, dedicou-se à pesquisa do jazz e da técnica erudita, tornando-se bastante requisitado nos estúdios de gravação.

Milton

Em 1974, Delmiro participou, em Los Angeles, da gravação do LP Elis e Tom, clássico da MPB. Tocou durante quatro anos com Milton Nascimento, com quem participou do Festival de Montreux. Atuou na gravação de vários discos de Milton, como Caçador de Mim e Milton ao Vivo. Em 1977, gravou com Sarah Vaughan o álbum O Som Brasileiro.

Seu álbum Samambaia (1981), concebido ao lado do pianista César Camargo Mariano, é considerado um marco da música instrumental no Brasil e mostra o rigor técnico e estilo de Delmiro, que mescla erudito e popular. Também compositor, ele é autor de valsas, sambas e choros.

Em 1999, o músico viajou para a Califórnia, onde se apresentou no espaço The Jazz Bakery, ao lado do tecladista e compositor norte-americano Clare Fischer. Nesse mesmo ano, lançou com ele o álbum Symbiosis, gravado nos EUA.

Seu último registro musical, Certas Coisas, gravado com o cantor carioca Augusto Martins, foi lançado em maio deste ano. “Uma honra infinita… Vá em paz meu amigo”, escreveu Martins em uma postagem na noite de segunda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Por:Estadão Conteúdo

Estadão

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