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Raros, protestos contra o Hamas em Gaza ganham força com volta da guerra


Palestinos protestaram pelo segundo dia consecutivo contra o Hamas ontem na Faixa de Gaza, em uma rara demonstração de descontentamento com o grupo terrorista que controla o território. Em meio aos escombros de prédios destruídos, eles expressaram frustração e raiva pelo colapso do cessar-fogo entre o grupo e Israel.

Segundo vídeos compartilhados nas redes sociais, os protestos possivelmente começaram em Beit Lahia, uma área amplamente destruída no norte de Gaza, na terça-feira. Ontem, os atos pareciam mais espalhados para outras áreas do território, como Cidade de Gaza, no norte, Nuseirat e Deir al-Balah, no centro.

“Explosões ecoam de todas as direções em Beit Lahia. Que crime cometemos para merecer isso?”, disse Saeed Kilani, um dos manifestantes, em uma entrevista por telefone ao jornal The Washington Post. “Nossos filhos não conseguem dormir nem por uma hora devido ao bombardeio implacável.”

“Os cânticos de ‘Fora, Hamas’ não significam que queremos eliminar o Hamas, nem que temos a capacidade de fazê-lo, nem que somos contra o Hamas”, disse Kilani. “O povo de Beit Lahia suportou todo esse tempo, mas hoje está falando: a gestão das negociações pelo Hamas é falha, inadequada e não nos trouxe segurança ou proteção”, acrescentou.

Até agora, houve poucos sinais de qualquer tentativa do Hamas de reprimir os protestos pela força, como já fez no passado. O grupo parece tentar canalizar a raiva para Israel. Em uma declaração publicada pelo Telegram ontem, o Hamas disse que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu “tem total responsabilidade pelo fracasso” do acordo.

Netanyahu, por sua vez, comemorou os protestos e afirmou perante o Parlamento que “cada vez mais cidadãos de Gaza se dão conta de que o Hamas implica destruição e ruína”. “Tudo isto prova que nossa política funciona”, argumentou o chefe de governo.

O premiê voltou a falar, ontem, em tomar mais territórios em Gaza se o Hamas não libertar os reféns ainda mantidos no território. “Quanto mais o Hamas persistir em sua recusa, maior será nossa pressão.” (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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