Marta jogou pouco mais que a metade do segundo tempo da vitória por 3 a 1 do Brasil sobre o Japão, na Neo Química Arena, nesta sexta-feira. Não balançou a rede ou contribuiu com assistência, mas só de ser chamada para entrar em campo foi ovacionada. Depois que entrou, levou perigo com uma finalização de fora da área.

O tratamento vindo das arquibancadas mostram como ela ainda é a grande estrela da seleção, mesmo já se acostumando a ideia de parar em algum momento e ainda em dúvida sobre disputar a Copa do Mundo de 2027, no Brasil.

“Elas (colegas de seleção) falam para eu jogar até os 45, mas isso só o tempo vai dizer e eu acho muito difícil, né? Então a gente tem que preparar essas meninas, porque é uma transição natural”, comentou na zona mista do estádio em Itaquera, após a partida.

Símbolo máximo do futebol feminino no País, a atacante de 39 anos teve a oportunidade de encontrar o novo presidente da CBF, Samir Xaud, que visitou a delegação da seleção durante a tarde e esteve presente na partida, à noite.

A troca de poder na entidade ocorreu em meio a mais uma crise institucional, com a destituição de Ednaldo Rodrigues. O interesse de Marta, contudo, não é nos jogos de poder e sim nos esforços que podem alavancar a modalidade que pratica.

“A expectativa da gente sempre que tem mudança é que seja uma mudança para melhor. Então que ele (Samir Xaud) venha com esse pensamento, que realmente consiga fazer as coisas acontecerem”, disse.

“Ele teve uma conversa com a gente e deixou bem claro que vai dar uma atenção maior para o futebol feminino… e é assim que a gente espera, né? A gente faz as coisas acontecerem dentro de campo, mas fora de campo também tem que dar certo.”

A Rainha do Futebol também falou sobre o atual momento da seleção feminina, que vive uma fase de transição e já tem novas lideranças no grupo. É o caso da volante Angelina, de 25 anos, sua companheira de Orlando Pride e escolhida por Arthur Elias para ser capitã do Brasil.

Quando Marta entrou no jogo, no lugar de Kerolin, Angelina fez questão de passar a ela a faixa de capitão. Embora desconcertada, a Rainha aceitou de bom grado a homenagem, mas entende que é importante que novas jogadores virem referência dentro do elenco, até porque ela sabe que está perto de encerrar a carreira.

“Até falei para ela (Angelina) que não precisava me dar a faixa. Ela disse: ‘não, pega aí e tal’. Mas isso é muito leve na nossa equipe, porque elas sem dúvida me veem como uma líder. Mas eu procuro mostrar a todas que elas são líderes também. A gente precisa de dar as mãos e juntas caminhar, né?”, afirmou.

“Não é só uma referência. Elas têm que entender que elas também são referências. E a Angelina é uma atleta que não é de falar muito e às vezes eu pego no pé dela: ‘não, você tem que falar’. Você tem que colocar sua opinião e aí ela vem se soltando aos poucos.”



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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