‘Quem não quiser ficar, que vá embora’


Eliminada nas oitavas de final do Mundial de Clubes após derrota por 2 a 0 para o Fluminense, a Inter de Milão enfrenta mais do que um revés esportivo: vive um momento de tensão interna. Capitão da equipe, Lautaro Martínez não poupou palavras ao avaliar a postura de alguns companheiros durante a competição e cobrou atitude e comprometimento com o clube. Em entrevista à DAZN, o camisa 10 expôs insatisfação com o ambiente no vestiário e deixou um recado claro.

“Eu quero brigar pelos principais títulos. Quem quiser permanecer na Internazionale, muito bem, vamos lutar. Mas quem não quiser ficar pode ir embora. Precisamos de jogadores que queiram estar aqui. Estamos vestindo uma camisa importante. Precisamos de uma mentalidade de alto nível ou, por favor, vá embora”, afirmou Lautaro, visivelmente incomodado com o desempenho e a atitude da equipe em Charlotte.

A fala ocorre em meio a rumores de uma possível saída do meia Hakan Çalhanoglu, um dos pilares do meio-campo da Inter nas últimas temporadas e que não foi ao Mundial. Questionado sobre o tema, Lautaro evitou confirmar nomes, mas não escondeu a frustração.

“Minha mensagem é clara. Eu vi coisas que não gostei. Não vou mencionar nomes. Peço desculpas aos torcedores, que vieram até aqui para nos acompanhar de perto. Eu sou o capitão, e quero manter as coisas no topo. Foi uma temporada muito longa e desgastante.”

O presidente Giuseppe Marotta também comentou o episódio e adotou um tom mais diplomático sobre o futuro do elenco. “As palavras do Lautaro são muito positivas. Ninguém manifestou concretamente a intenção de sair. Lautaro se referia à situação do Çalhanoglu, que será definida o quanto antes. Vamos resolver com ele da melhor maneira possível. Çalhanoglu merece ser agradecido por tudo o que fez. Hoje o mercado abre oficialmente, e quem quiser sair precisa tomar uma posição clara. Vamos escutar Çalhanoglu e qualquer outro jogador. Mas até agora, ninguém pediu para sair.”

A queda precoce no Mundial foi mais um ponto fora da curva em uma temporada de transição. Após o fim da campanha europeia, que culminou com o vice-campeonato da Liga dos Campeões, Simone Inzaghi deixou o comando técnico, e o ex-zagueiro Cristian Chivu assumiu o cargo. A expectativa era de que a equipe pudesse brigar, no mínimo, por uma vaga na semifinal do torneio global. Mas o desempenho irregular no Grupo E – com empate diante do Monterrey, vitória suada sobre o Urawa Reds e triunfo sobre o River Plate – já dava sinais de fragilidade.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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