Quem é o prefeito de Palmas alvo de operação sobre vazamento de investigações da PF


O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi um dos alvos da 9º fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira, 30. A ação apura a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo as investigações, os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações da Polícia Federal, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas. Em coletiva, o prefeito negou envolvimento no caso.

Nesta etapa, os policiais federais fizeram buscas em três endereços de Palmas para aprofundar a investigação em relação ao vazamento e comercialização de informações sigilosas de investigações da PF. A operação realizou buscas na casa e gabinete do prefeito da capital do Tocantins, além da unidade penal de Palmas.

Eduardo Siqueira Campos foi eleito prefeito de Palmas em 2024 com 78.673 votos, o equivalente a 53,03% dos válidos. Ele derrotou, no segundo turno, a bolsonarista Janad Valcari (PL), revertendo o cenário após a adversária ter liderado a votação no primeiro turno.

O prefeito investigado nasceu em Campinas (SP) e tem 65 anos. Graduado em Pedagogia, Siqueira Campos iniciou a carreira política em 2006, quando concorreu à vaga de senador, mas não foi eleito. Em eleições posteriores, foi eleito deputado estadual duas vezes.

Em entrevista coletiva no fim da manhã, Siqueira Campos afirmou que sabe do que se trata a investigação, mas negou que tenha vazado informações sigilosa. “Eu sou fonte de muita gente. Acho que vocês sabem o tanto que sei ou não sei, eu só sei o que dizem por aí. Eu não tenho nenhuma informação privilegiada”, disse o prefeito.

A Polícia ainda não informou detalhes sobre o envolvimento do prefeito no esquema. O Estadão pediu posicionamento do prefeito, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

A investigação de venda de sentenças

Este é o terceiro dia consecutivo que a PF sai às ruas em ações ostensivas para aprofundar a investigação das vendas de sentenças envolvendo advogados, lobistas, empresários, assessores, chefes de gabinete e magistrados.

Neste desdobramento em Tocantins, a PF também apurou suspeitas de “privilégios ilegais” concedidos ao advogado Thiago Marcos Barbosa de Carvalho, sobrinho do governador do Tocantins Wanderlei Barbosa (Republicanos), preso em março pela Operação Sisamnes.

Procurado, o advogado Luiz Francisco, que defende o sobrinho do governador, negou que ele tenha recebido privilégios. “Pelas filmagens e controle de entrada e saída eles verão que não há tratamento especial”, disse ao Estadão.

As buscas foram cumpridas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Dois alvos da operação também receberam ordem de proibição de manterem contato e de saírem do país, recolhendo seus passaportes. A decisão que autorizou as buscas está sob sigilo.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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