Quem é Antônio Doido, deputado suspeito de ser dono de R$ 6 milhões apreendidos pela PF


O deputado federal Antônio Leocádio dos Santos, conhecido como Antônio Doido (MDB-PA), é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) suspeito de desvio de verbas públicas, peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. O Estadão procurou o parlamentar, mas não obteve retorno.

Aos 48 anos, ele está no primeiro mandato na Câmara dos Deputados, eleito em 2022 com 126.535 votos. Antes, foi prefeito da cidade de São Miguel do Guamá (PA), entre os anos de 2017 e 2020. O município possui pouco mais de 52 mil habitantes, segundo o IBGE.

Nas eleições de 2020, tentou a reeleição na cidade paraense, pelo PL, mas não conseguiu obter êxito no processo. Em 2024, já deputado federal, tentou se tornar prefeito de Ananindeua (PA). Ele obteve 23.091 votos e ficou em segundo lugar na disputa, perdendo para Dr. Daniel (PSB), reeleito com 229.930 votos.

Formado em Ciências Contábeis pela Faculdade da Amazônia, o deputado se define como empresário. É integrante da Comissão Externa sobre Obras Públicas Paralisadas e Inacabadas no País e da Comissão de Desenvolvimento Urbano na Câmara.

No mandato, Antônio Doido foi um dos signatários da PEC que proíbe a aplicação das sanções a partidos que não preencheram a cota mínima de recursos ou que não destinaram os valores mínimos para candidatas femininas e candidatos negros nas eleições de 2022.

O argumento do texto era de que o estabelecimento da cota mínima se deu em 5 abril de 2022, ano eleitoral. “Nesse contexto, muitos dos entes partidários tiveram dificuldade em se ajustar ao novo comando constitucional”, afirma a justificativa da PEC. A emenda foi promulgada em agosto de 2024.

Conforme mostrou o Estadão, Antônio Doido está entre os deputados que mais direcionaram emendas parlamentares em 2024. O congressista foi responsável por enviar R$ 37,8 milhões para diversas prefeituras do Pará. As verbas foram destinadas para ações orçamentárias de custeio da Saúde básica, de média e alta complexidade.

As investigações contra o parlamentar começaram após a apreensão de R$ 4,9 milhões em dinheiro vivo com pessoas próximas ao deputado nas vésperas das eleições de 2024. A Polícia Federal partiu da hipótese de que o dinheiro seria usado na compra de votos.

Em janeiro de 2025, policiais federais encontraram mais de R$ 1 milhão com o assessor parlamentar Jacob Aarão Serruya Neto. A polícia investiga se o dinheiro seria usado para o pagamento de propinas de funcionários públicos. O inquérito, baseado nas apreensões que somam R$ 6 milhões, tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), por causa do foro de deputado.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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