Quais são as vias com mais registros de acidentes em São Paulo? Veja ranking

5 Min de leitura


A Marginal Pinheiros é considerada a via com mais registro de acidentes de trânsito na capital paulista, de acordo com balanço divulgado pelo Infosiga. No ranking, que leva em consideração os sinistros registrados entre setembro de 2024 e agosto de 2025, foram contabilizados 279 nesta via, sendo quatro sinistros fatais, com quatro mortes.

Na sequência, em segundo lugar, está a Rodovia Raposo Tavares, zona oeste da cidade, com 258 sinistros neste mesmo período, sendo nove acidentes fatais. A via registra o maior número de óbitos: 11 no total.

De acordo com o balanço do Infosiga, entre as dez vias mais violentas foram registrados 45 sinistros fatais, com 48 mortes.

A Avenida das Nações Unidas, no Itaim Bibi, zona oeste da capital paulista, onde morreu no último dia 21, o apresentador João Paulo Mantovani, também é considerada como uma das campeãs, ficando na oitava colocação na lista que reúne as dez vias com mais registro de acidentes na cidade de São Paulo. No período, foram registrados 176 sinistros, sendo um fatal (com uma morte).

No balanço das vias mais perigosas no trânsito da cidade de São Paulo, também se encontram a Avenida 23 de Maio, na zona sul da cidade, em sétimo lugar, e a Marginal Tietê, na nona posição.

A 23 de maio é a única via que teve apenas registros não fatais (178) neste período contabilizado pelo ranking. A Tietê, por sua vez, contabilizou 170 sinistros, sendo um fatal, resultando em uma morte.

Mortes no trânsito da cidade de SP

Levando em consideração todo o município de São Paulo, foram registrados 29.934 sinistros (fatais e não fatais) em 2024. Até o momento, em 2025, estão sendo contabilizados 18.022 acidentes.

Com relação aos óbitos registrados no trânsito da capital paulista, dados do Infosiga mostram que foram 1.033 mortes em 2024, contra 672 contabilizadas até o momento neste ano de 2025. Somente em agosto foram 101 óbitos.

Ocorrências no trânsito envolvem principalmente motocicletas

Na sexta-feira passada, 26, um acidente na Avenida dos Bandeirantes, zona sul de São Paulo, também teve um motociclista como vítima. O influenciador Mike da Silva Bernardino, de 32 anos, conhecido como MK Bernardino, estava dirigindo um Porsche azul pela via, quando atropelou um motociclista, que bateu na sequência contra outro veículo que estava à frente.

O influenciador, que apresentava sinais de embriaguez, tentou fugir do local sem prestar ajuda, mas, segundo testemunhas, foi contido por outros motociclistas. A reportagem não localizou a defesa dele.

Ações para reduzir acidentes

A Prefeitura de São Paulo disse, por meio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que atua de forma contínua para reduzir a gravidade dos sinistros e as mortes no trânsito.

“O principal destaque da política de segurança viária da cidade voltada aos motociclistas, é a Faixa Azul. Projeto pioneiro no Brasil, que reduziu em 47,2% as mortes nos trechos sinalizados, de 36 em 2023 para 19 em 2024”, disse a gestão municipal.

Governo federal estuda um plano pra baixar a velocidade das ruas

O Ministério dos Transportes realizou uma consulta pública entre 22 de julho e 21 de agosto para coletar sugestões para o Guia de Gestão de Velocidades no Contexto Urbano, elaborado pela Secretaria Nacional de Trânsito. O objetivo é orientar os municípios brasileiros na gestão de velocidades em vias urbanas para reduzir acidentes e mortes.

Entre as recomendações está a que a velocidade máxima permitida na maioria das ruas das cidades passe a ser de 30 km/h. Atualmente, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, nas vias urbanas onde não há sinalização indicando o limite de velocidade, ele é de 80 km/h nas vias de trânsito rápido, 60 km/h nas vias arteriais, 40 km/h nas vias coletoras e 30 km/h nas vias locais, que são raras: são as ruas destinadas a acesso local ou a áreas restritas.

A proposta do guia sugere a redução da velocidade máxima em vias urbanas, mas não a torna obrigatória, estando sujeita a debate pelos órgãos de mobilidade urbana.



Por: Estadão Conteúdo

Compartilhar