A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pediu ao Tribunal que suspenda os efeitos dos cartões aplicados ao zagueiro Walter Kannemann e ao lateral-esquerdo Marlon, ambos do Grêmio, contra o Red Bull Bragantino. Os paulistas venceram por 1 a 0, após polêmico pênalti marcado nos minutos finais.
O Grêmio havia solicitado a anulação dos cartões ao Departamento de Competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Agora, com o pedido da Procuradoria, uma decisão liminar do Tribunal pode ser tomada a qualquer momento.
O clube gaúcho destacou que é a primeira vez que a Procuradoria acata uma tese como esta no Brasil. Nas quartas de final da Libertadores, a Conmebol anulou um cartão aplicado a Gonzalo Plata, do Flamengo, em partida contra o Estudiantes. Assim, o flamenguista pôde atuar no jogo de volta.
Kannemann foi expulso ainda no primeiro tempo, com cartão vermelho direto, por suposta agressão a um jogador adversário. Já Marlon recebeu amarelo nos minutos finais, após o time de arbitragem entender que houve toque intencional da bola no braço do jogador. Também foi apontado pênalti, convertido por Jhon Jhon.
“Esse pênalti que foi marcado hoje aqui, que aconteceu com o Grêmio, foi uma baixaria sem tamanho, porque não tem critério nenhum”, desabafou Marlon, após a partida.
“Eu estou com o braço colado. Se eu faço amplitude de espaço, a bola bate e volta para frente. A bola desvia do meu peito e vai para fora. E esse mesmo árbitro marcou uma falta contra a gente contra o Mirassol, que originou um gol, onde o cara do Mirassol está em impedimento, ele vai ao VAR e confirma.”
Tanto o árbitro de campo, Lucas Casagrande, quanto o responsável pelo VAR, Gilberto Rodrigues Castro Junior, foram afastados pela CBF para treinamentos. Além deles, A CBF também afastou Ramon Abatti Abel e o VAR Ilbert Estevam da Silva, que trabalharam na vitória do Palmeiras sobre o São Paulo por 3 a 2.
Por: Estadão Conteúdo