Presidente do Flamengo, Bap critica Leila Pereira e ataca: ‘Libra é palmeirense’

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Luiz Eduardo Baptista, o Bap, voltou a criticar a Libra, Leila Pereira e o Palmeiras nesta quarta-feira. Presidente do Flamengo, ele é contrário ao modelo de divisões de receitas dos direitos de transmissão da TV Globo pelo Campeonato Brasileiro. Dessa vez, o mandatário rubro-negro afirmou que o bloco formado pelos clubes, e do qual o time rubro-negro faz parte, é “palmeirense”, já que possui executivos e nomes ligados ao time alviverde.

“Se pudesse voltar atrás no tempo, jamais teria concordado com a construção de uma Libra. A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense. O (André) Sica é advogado do Palmeiras. Virou advogado de outros clubes. Ele advoga para outros clubes que estão na Libra”, afirmou Bap, em entrevista ao Uol. Citado por Bap, André Sica argumentou que trabalha “para mais de 30 clubes no Brasil” e negou que sua família tenha trabalhado para o Palmeiras anteriormente.

Em outro momento, o dirigente classificou como “infantis” as últimas declarações de Leila Pereira à imprensa, em que classificou, por exemplo, os rubro-negros como “terraflanistas”. Na ocasião, a mandatária aventou a possibilidade de o Flamengo disputar competições por conta própria, em meio às divergências da Libra.

“Acho que é uma declaração infantil. Tentando colocar uma coisa que não é viável (Flamengo competir sozinho). Não existe isso. Quem é que discutiu que quer estar separado? O Flamengo quer ficar na Libra. O Flamengo nunca discutiu, o Flamengo nunca aventou a possibilidade de sair. O Flamengo, muito antes de todo esse pessoal, defendeu a lei do mandante que trazia pra todos os clubes um valor que eles não tinham até então”, defendeu Bap.

Além do Palmeiras, São Paulo foi outro clube que se posicionou contrário ao Flamengo na questão da divisão das receitas de transmissão. “A relação com a Leila era muito boa até um determinado momento desse ano. Ela é ótima quando você concorda com tudo que ela quer. Aí a relação é muito boa. Com o Casares, a gente tem uma relação pessoal, de empatia, e da gente se dar bem de longa data. Tivemos um ou outro estresse aqui e acolá”, disse.

Os clubes da liga discordam quanto à forma de divisão dos valores referentes à compra dos direitos de transmissão pela TV Globo. No último mês, o Flamengo conseguiu o bloqueio de um repasse de R$ 77 milhões às equipes integrantes do bloco.

O Palmeiras estuda uma ação na Justiça para ter acesso aos valores, que são referentes ao Campeonato Brasileiro de 2025 e seria o segundo depósito realizado pela emissora. O primeiro ocorreu em 25 de julho, no total de R$ 76,6 milhões. Ainda restariam mais duas parcelas.

Em 2024, a Libra fechou com a Globo, em contrato até 2029, com valor anual de R$ 1,17 bilhão, mais uma variação referente ao serviço de pay-per-view Première. O dinheiro teria a seguinte divisão: 40% iguais para todos da primeira divisão, 30% segundo a posição na tabela e 30% por audiência.

O Flamengo alega que entrou com ação na Justiça para evitar “prejuízos adicionais”, ressaltando que os critérios da divisão de receitas por audiência “não reconhecem o poder gerador de recursos financeiros” pelo clube. Neste ano, em entrevista à Flamengo TV, Bap afirmou que não aceitaria ganhar somente “três vezes mais” do que os times menores do bloco.

Atualmente, o bloco é formado por ABC, Atlético-MG, Bahia, Brusque, Grêmio, Guarani, Paysandu, Red Bull Bragantino, Remo, Sampaio Corrêa, São Paulo, Santos, Vitória e Volta Redonda, além de Palmeiras e Flamengo. Existe a possibilidade, com o incômodo das demais partes, que sejam estudadas maneiras de retirar o clube rubro-negro do bloco.



Por: Estadão Conteúdo

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