Prefeitura de SP coloca 200 GCMs dentro de ônibus


A Prefeitura de São Paulo informou nesta quinta-feira, 24, que vai colocar 200 guardas civis metropolitanos dentro dos ônibus que circulam pela capital a partir desta sexta-feira, 25. A medida é uma resposta à onda de ataques que a cidade e municípios da região metropolitana vêm registrando contra os transportes coletivos nas últimas semanas.

De acordo com a gestão municipal, os agentes vão atuar nas linhas que circulam por endereços onde já tiveram registros de ataques. Esse reforço da proteção começa desde a saída do veículo da garagem e acompanha durante o trajeto. Por uma questão de estratégia, as linhas que receberão os guardas não foram informadas.

“A Prefeitura ressalta que a GCM já tem atuado no patrulhamento das vias mais atingidas por ocorrências com a destinação de 50 viaturas exclusivas para rondas nesses locais e a PM (Polícia Militar) também reforçou o policiamento em vias estratégicas”, informou a administração.

Na quarta-feira, 23, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) anunciou que pretendia colocar 200 policiais dentro de ônibus das linhas municipais na capital, na tentativa de evitar novos ataques. A previsão é de que o efetivo trabalhe durante Operação Delegada (quando os agentes atuam em dias de folga, mas recebem pelo expediente). A estratégia ainda está em negociação.

A onda de depredações de ônibus já soma mais de 500 casos apenas na capital paulista, nos cálculos da SPTrans. Até o momento, 16 suspeitos foram presos, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), entre eles um funcionário público e o seu irmão.

As investigações apontam que eles participaram de, ao menos, 18 ataques, concentrados nas cidades de São Paulo, Osasco e São Bernardo do Campo. Edson Aparecido Campolongo confessou as ações. Com ele, foram localizadas bolas de metal, pedras e um estilingue.

A polícia chegou aos suspeitos depois de identificar que o carro usado por Edson estava sempre na cena dos apedrejamentos. À polícia, ele disse que realizou os ataques com a intenção de “consertar o País”.

Investigações

Os policiais investigam a disputa entre empresas do setor como provável motivação do vandalismo ou também disputas sindicais.

Uma das hipóteses das autoridades é a de que empresas de viação queiram criar um clima de medo para desestabilizar o setor e forçar a Prefeitura da capital a fazer mudanças no transporte público. Além disso, outra linha de investigação seria disputas sindicais.

Para o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, existe a possibilidade também de os ataques estarem acontecendo em “efeito manada”, sem a necessidade de um grupo articulado estar envolvido.

“Acreditamos que não existe só uma motivação. Existe o efeito manada, o contágio, o propósito inicial, assim como existe alguém pegando onda, uma sucessão de propósitos”, disse.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Horóscopo do dia: previsão para os 12 signos em 27/10/2025

Nesta segunda-feira, o movimento dos astros influenciará os nativos de formas distintas, despertando emoções, intuições…

2 horas ago

Barbalho diz que decisão de explorar petróleo na bacia do Amazonas tem ‘robustez técnica’

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), classificou como uma "decisão técnica" robusta a liberação…

5 horas ago

com 90% dos votos apurados, partido de Milei avança nas eleições legislativas

Com 90% dos votos apurados até o momento, o partido A Liberdade Avança, do presidente…

5 horas ago

HSBC reconhecerá provisão de US$ 1,1 bi no terceiro tri, após decisão judicial no caso Madoff

O HSBC informou que reconhecerá uma provisão de US$ 1,1 bilhão em seus resultados do…

6 horas ago

veja quem foi eliminado, classificação

Lucas Leto foi o eliminado da Dança dos Famoso neste domingo, 26. Entre os participantes…

6 horas ago

Navio de guerra norte-americano atraca em Trinidad e Tobago, próximo à Venezuela

Um navio de guerra dos Estados Unidos atracou na capital de Trinidad e Tobago, com…

7 horas ago

This website uses cookies.