Por que Copa do Mundo representa ‘trauma’ na carreira de Carlo Ancelotti


A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deposita suas fichas em Carlo Ancelotti para fazer a seleção brasileira voltar a conquistar a Copa do Mundo após mais de duas décadas sem o troféu. Além do fato de o Brasil nunca ter conquistado o título com um estrangeiro à beira do gramado, o italiano terá como desafio superar uma série de “traumas” na competição para levar o combinado nacional ao hexacampeonato.

Antes de ser um treinador renomado, Carlo Ancelotti brilhou dentro das quatro linhas e é considerado um dos melhores meio-campistas de sua geração. Revelado pelo Parma, ele jogou profissionalmente entre o fim da década de 1970 e o início dos anos 1990, conquistando títulos com as camisas de Roma e Milan.

Ancelotti estreou pela seleção italiana em um amistoso com a Holanda, em 1981, aos 19 anos. Ele estava cotado para ser convocado pelo técnico Enzo Bearzot para a Copa de 1982, na Espanha, mas acabou ficando de fora da lista final por causa de uma grave lesão no joelho. A Itália desbancou o favoritismo do Brasil, vencendo por 3 a 2 com três de Paolo Rossi, na segunda fase de grupos, e bateu a Alemanha na final por 3 a 1 para erguer o tricampeonato mundial.

O bom futebol de Ancelotti o levou a ser convocado para o Mundial de 1986, no México, mas ele não saiu do banco de reservas e viu a Itália cair nas oitavas para a França, que por sua vez eliminou o Brasil nas quartas. O sonho dos franceses pelo então título inédito parou na semifinal, quando perderam para a Alemanha. Na final, a Argentina bateu os alemães por 3 a 2 com brilho de Maradona, considerado o craque daquela Copa.

Mais amadurecido, Ancelotti chegou à Copa de 1990 com status de titular. A oportunidade não poderia ser melhor. Afinal, o Mundial daquele ano foi realizado na Itália. Contudo, ele se machucou logo na estreia e foi substituído no intervalo, retornando apenas nas quartas, mas jogando por somente 26 minutos. Na disputa de terceiro lugar, finalmente atuou durante toda a partida e ajudou os donos da casa a subirem ao pódio. A Alemanha se vingou de Maradona e cia. e ficou com o troféu naquele ano.

Ancelotti fez sua última partida pela seleção italiana em 1991. Ele se aposentou no ano seguinte e logo começou a dar seus primeiros passos como treinador. Na Copa de 1994, nos Estados Unidos, ele integrou a comissão técnica de Arrigo Sacchi como auxiliar e viu a estrelada equipe de Baresi e Maldini perder a final para o Brasil nos pênaltis, com o craque Roberto Baggio isolando cobrança decisiva acima da meta de Taffarel.

No século 21, Ancelotti se consagrou como um dos maiores treinadores da história do futebol. Ele é o técnico que mais vezes conquistou a Champions League, com quatro títulos, e único a ser campeão das cinco principais ligas europeias. Além do Real Madrid, o italiano acumula passagens vitoriosas por Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain e Bayern de Munique.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Renato de Castro resolve problema do residencial Hermínio Lopes, pondo fim na falta de água em tempo recorde

Na última semana o prefeito Renato de Castro, esteve no Residencial Hermínio Lopes, reigão oeste…

5 minutos ago

Quem é Luana Mandarino, novo affair de Cauã Reymond

Após meses evitando os holofotes, o ator Cauã Reymond e a modelo Luana Mandarino parecem…

6 minutos ago

Com Flamengo no topo, veja ranking dos maiores patrocínios master do futebol brasileiro

O Flamengo anunciou nesta segunda-feira a Betano como nova patrocinadora master do clube, após a…

20 minutos ago

Emocionado, Celso Portiolli diz que ‘ficha ainda não caiu’

Celso Portiolli homenageou Silvio Santos em seu programa neste domingo, 17, data que marca o…

30 minutos ago

8 curiosidades interessantes sobre as focas

As focas são mamíferos marinhos pertencentes à família dos pinípedes, que inclui também os leões-marinhos…

32 minutos ago

This website uses cookies.