Polícia Civil de SP prende homem acusado de participar da morte de líder do PCC


A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira, 9, na zona leste da capital, um homem de 34 anos acusado de participar, em 2018, do assassinato do principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) então em liberdade. Com ordem de prisão emitida pela Justiça do Ceará, ele estava foragido havia sete anos e era procurado pela Interpol (polícia internacional).

Renato Oliveira Mota, de 34 anos, teve prisão decretada sob acusação de participar da morte de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, de 41 anos, e de Fabiano Alves de Souza, o Paca, de 38 anos. A reportagem não localizou a defesa de Mota.

Segundo a Polícia Civil paulista, investigações indicaram o prédio onde Mota estava morando, na rua Henrique Cazela, na Penha. Na manhã desta segunda-feira, policiais foram até a portaria e pediram ao síndico que chamasse Mota. A mulher do foragido desceu e levou os policiais até o apartamento, onde Mota foi preso sem oferecer resistência.

Dívida de gratidão com Marcola

De acordo com a polícia, Gegê integrava a cúpula do PCC quando conseguiu deixar a prisão, em 1.º de fevereiro de 2017. Ele tinha uma dívida de gratidão com Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, principal líder da facção e então preso na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.

Na ocasião, Gegê prometeu a Marcola que organizaria uma operação para resgatá-lo da prisão, mas não cumpriu essa promessa. Além disso, segundo investigação de agentes de segurança, usava sua autoridade como líder do PCC na rua para desviar dinheiro da facção.

Por isso, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, aliado de Marcola e também fora da cadeia, organizou o plano para matar Gegê e seu principal comparsa. Em 15 de fevereiro de 2018, um helicóptero da facção levaria Gegê e Paca da cidade de Aquiraz, no Ceará, para a Bolívia, onde ficariam escondidos. Os dois embarcaram e a aeronave acabou pousando numa clareira, ainda no Ceará, onde Gegê e Paca foram mortos a tiros.

O crime desencadeou brigas internas no PCC, e uma semana depois Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, outro participante dessa operação, foi morto a tiros de fuzil na rua, no Jardim Anália Franco, na zona leste de São Paulo.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Samir Xaud sobe o tom para reclamar de partida contra Bolívia: ‘Uma verdadeira várzea’

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, inflamou o discurso após a…

7 minutos ago

Nota de Falecimento

O Grupo Divina Luz comunica o falecimento de Ludogel de Cerqueira Braudes, ocorrido nesta terça-feira,…

7 minutos ago

Superintendência-Geral do Cade aprova compra de 75% da Tecnobank pela Evertec

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de…

16 minutos ago

Von der Leyen planeja sanções a Israel e suspensão parcial de comércio por guerra em Gaza

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta quarta-feira, 10, que buscará…

17 minutos ago

Corinthians aposta no retorno de Garro, Yuri e Memphis para confirmar vaga na Copa do Brasil

O Corinthians sobe ao gramado da Neo Química Arena para enfrentar o Athletico Paranaense nesta…

18 minutos ago

Itamaraty condena ameaça dos EUA de usar “poder militar” contra Brasil

O Ministério das Relações Exteriores divulgou nota na noite desta terça-feira, 09, em que condenou…

26 minutos ago

This website uses cookies.