GOIANÉSIA

Polícia Civil de Goianésia investiga empresa por adulteração de bebidas em eventos

A Polícia Civil de Goianésia investiga uma empresa especializada no fornecimento de bebidas alcoólicas para eventos, suspeita de adulterar bebidas de marcas famosas e vender produtos de qualidade inferior como se fossem originais. A denúncia levou à apreensão de mais de 50 garrafas, algumas vazias e outras cheias, que estão sendo periciadas para confirmar a fraude.

Segundo o delegado Marco Antônio Maia, em entrevista à RVC FM na manhã desta sexta-feira, 17, a empresa atuava em festas de casamento, formaturas, dentre outros eventos sociais. O esquema funcionava da seguinte forma: após os eventos, as garrafas originais de bebidas premium – como vodkas Absolut e gins importados – eram reaproveitadas. Os lacres e dosadores eram removidos, e as embalagens reabastecidas com bebidas de baixo custo, sem que o cliente soubesse da substituição.

“Encontramos vários indícios claros dessa prática, incluindo garrafas sem lacres e dosadores, além de bebidas de qualidade inferior que seriam utilizadas para substituir as originais”, relatou o delegado.

A adulteração de bebidas é um crime previsto no artigo 272 do Código Penal, com pena de quatro a oito anos de reclusão. Além de ilegal, o delegado alertou para os riscos à saúde, já que o consumo dessas bebidas pode causar náuseas, mal-estar e ressacas mais intensas.

“O que mais chamou a atenção foi o fato de que, para eles, isso era algo rotineiro e até comum. Tivemos que explicar que adulterar bebida é um crime sério, que traz consequências jurídicas e de saúde”, afirmou o delegado Marco Antônio Maia.

Ele ainda fez um alerta aos consumidores e organizadores de eventos: é essencial verificar a procedência das bebidas, observar lacres e dosadores, e recusar qualquer produto suspeito. “O consumidor tem o direito de pedir para ver a garrafa antes de consumir. Isso não é constrangimento, é uma medida de segurança”, reforçou.

O laudo da perícia técnica será fundamental para confirmar a adulteração e definir as próximas medidas. O nome da empresa não foi divulgado, pois o caso segue sob investigação.

Dener Rafael

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