As pimentas ocupam um espaço especial na culinária por seu sabor intenso e pela versatilidade, mas seu impacto vai muito além da gastronomia. Esse alimento pode desempenhar um papel interessante em rotinas voltadas ao bem-estar, desde que utilizado com equilíbrio e atenção às particularidades individuais.
A maioria das pimentas possui reduzidas quantidades de gorduras, mas são ricas em capsaicina, piperina, antioxidantes, vitaminas e minerais. Além disso, suas fibras também auxiliam na saciedade e na saúde intestinal.
“Os benefícios da pimenta são verificados principalmente em pessoas que consomem com frequência — no mínimo quatro vezes por semana. As pesquisas mostram que ocorre uma redução na mortalidade por doenças cardíacas e até por alguns tipos de câncer”, explica a Dra. Aline Rodrigues Zanetta, nutróloga e membro do Comitê Científico da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia).
Abaixo, a médica detalha sobre os tipos de pimentas e seus benefícios para a saúde. Confira!
A malagueta é a mais rica em capsaicina – daí vem sua ardência e maior efeito termogênico. A popular dedo-de-moça e a jalapeño possuem bom equilíbrio entre sabor, aroma e teor de nutrientes antioxidantes. A biquinho, mesmo quase sem picância, é rica em vitamina C e compostos benéficos, sendo ótima opção para quem busca sabor, mas sem ardor.
As pimentas contribuem para acelerar o metabolismo, graças à capsaicina, que estimula a termogênese e ajuda na queima calórica. Possuem efeito vasodilatador e antioxidante, melhorando a circulação e a saúde cardiovascular.
Também estimulam a liberação de endorfina, o que proporciona aumento da sensação de bem-estar; ajudam na proteção celular por sua ação anti-inflamatória e antioxidante; estimulam a produção de enzimas digestivas e, em pequenas quantidades, podem auxiliar na sensibilidade à insulina.
A palavra de ordem é moderação. Tudo depende da tolerância de cada pessoa. Em geral, pequenas quantidades diárias de pimenta já são benéficas — uma a duas colheres de chá de pimenta-do-reino ou alguns gramas de pimenta vermelha fresca, por exemplo.
O excesso pode irritar o estômago e o intestino, especialmente em pessoas com gastrite, refluxo ou hemorroidas. Deve-se ter cuidado também com o contato com os olhos e mucosas, pois a capsaicina pode causar ardência intensa. Sempre que possível, na cozinha, use luvas ao manusear pimentas muito fortes e com sementes. Além disso, atenção com as crianças: o consumo de pimenta não é indicado para elas.
Incluir as pimentas na dieta é simples e pode trazer bons resultados para a saúde. A pimenta-do-reino pode ser adicionada ao suco verde; a caiena, ao preparo de um chá digestivo; a dedo-de-moça combina com refogados, molhos caseiros, carnes e ovos. O importante é ajustar a quantidade à tolerância individual.
Veja abaixo os benefícios de compostos ativos encontrados em pimentas:
É o principal composto responsável pela picância. Estimula o metabolismo, melhora a circulação e tem ação analgésica e anti-inflamatória. Atua na liberação de endorfinas (bem-estar) e pode auxiliar no controle do apetite e na queima de gordura.
São pigmentos carotenoides que conferem a coloração vermelha ou alaranjada. São potentes antioxidantes que protegem as células contra o envelhecimento e o estresse oxidativo.
Presente na pimenta-do-reino. Tem ação antioxidante e ajuda na absorção de nutrientes, potencializando a ação de outros compostos bioativos, como a cúrcuma.
Possuem ação anti-inflamatória, antioxidante e protetora cardiovascular.
As pimentas são ricas em micronutrientes, mesmo em pequenas quantidades. A vitamina C é uma das mais importantes, às vezes superior à de frutas cítricas; fortalece o sistema imunológico e participa da formação de colágeno. A vitamina A (carotenoides) atua na saúde ocular, da pele e das mucosas, estando presente principalmente nas pimentas vermelhas.
As vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, niacina, folato) aparecem em quantidades moderadas e contribuem para o metabolismo energético e o bom funcionamento do sistema nervoso. Por sua vez, a vitamina E é antioxidante e ajuda na proteção celular, embora esteja presente em menor quantidade.
O potássio é importante para o equilíbrio hídrico e a função muscular; o magnésio, para a contração muscular e a saúde óssea; o ferro é essencial para o transporte de oxigênio; o cálcio atua na formação óssea e na contração muscular; e o fósforo e o zinco contribuem para a produção de energia e para a imunidade.
Por Edna Vairoletti
Fonte: Portal EdiCase
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