O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as relações entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e o mandatário norte-americano, Donald Trump, vão transcorrer bem após o telefonema realizado na manhã desta segunda-feira, 6.
“Eu penso que agora as coisas vão transcorrer como devem ser, uma relação bilateral que tem dois séculos. Obviamente, nós temos as melhores expectativas, justamente pela falta de amparo de uma medida tão drástica que foi tomada”, disse o ministro, em entrevista à TV Record.
Ele continuou: “A partir do momento que as informações corretas forem chegando pelos canais devidos, os canais institucionais de parte a parte, eu acredito que as coisas vão transcorrer com mais normalidade, que é o que se espera de dois países que estão no mesmo continente, são as duas maiores democracias do Ocidente”.
Haddad ainda citou possíveis parcerias entre Brasil e EUA. “Nós estamos em uma fase que é a fase da boa vontade, desde a reunião da ONU, aquele encontro muito breve que os dois tiveram, os discursos que foram feitos de parte a parte já foram no sentido de buscar uma aproximação.”
O ministro ainda disse que, desde o tarifaço, o governo brasileiro passou a conhecer melhor as engrenagens do governo Trump. “Então, eu realmente não acredito que essa tensão vai prosperar. Ela não tem razão para prosperar. As equipes vão passar a se falar, tem viagens marcadas.”
Por fim, Haddad afirmou que, em sua passagem pelos EUA, na próxima semana, as relações com seu homólogo vão se transformar em “coisas comuns”. “Estou por três anos aqui conversando com ministros de Finanças do mundo inteiro. Não vai ser diferente com o Scott Bessent, que é o secretário do Tesouro e que responde pela área econômica.”
Por: Estadão Conteúdo