A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Especial de Crimes Cibernéticos (Dercc), prestou apoio a Divisão de Análise de Crimes Virtuais da Polícia Civil do Distrito Federal, na manhã desta quarta-feira (17), no âmbito da Operação “Falsa Tribuna”, visando desarticular organização criminosa especializada em golpes virtuais praticados mediante a utilização de perfis falsos de deputados e ex-deputados residentes em Brasília.
Após o levantamento de informações, houve a qualificação dos suspeitos supostamente envolvidos em uma associação criminosa, ramificada em diferentes células e composta por outros integrantes, todos voltados à prática de fraudes eletrônicas, estelionato e lavagem de capitais, com falsificação de identidades virtuais, criação de contas falsas de e-mail, perfis em redes sociais e números de aplicativos de mensagens que simulavam pessoas conhecidas das vítimas ou figuras de autoridade.
As investigações revelaram que os criminosos criavam perfis em aplicativos de mensagens, utilizando indevidamente imagens e informações públicas de parlamentares. A partir dessas contas fraudulentas, entravam em contato com vítimas, simulando tratar-se de familiares em situação de urgência — como emergências médicas ou acidentes — e solicitando transferências financeiras imediatas, especialmente por meio de PIX.
O uso da identidade de autoridades públicas conferia credibilidade à fraude, aumentando o poder de persuasão dos criminosos e levando vítimas a efetuar pagamentos sem verificar a autenticidade do pedido.
No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário do Distrito Federal, foram apreendidos celulares e outros materiais, os quais serão submetidos a perícia técnica para aprofundamento da investigação.
Até o momento, os elementos colhidos indicam a prática dos crimes de falsa identidade (art. 307, caput, do CP) e estelionato mediante fraude eletrônica (art. 171, § 2º-A, do CP), além de eventual crime de lavagem de capitais (art. 1° da Lei 9.613/1998) bem como associação criminosa (288 do CP) cujas penas podem ultrapassar a 20 anos de reclusão.
PCGO: Investigar para proteger 🚔
Fonte:Polícia Civil