A gestora Patria, por meio do fundo Reune Rodovias Holding II, arrematou a concessão do Lote 5 de rodovias do Paraná, o último dos seis leiloados pelo Estado desde 2023. A empresa saiu vencedora após ofertar um desconto de 23,83% sobre a tarifa básica de pedágio, cujo valor máximo foi estipulado em R$ 0,17911 por quilômetro. Com isso, desbancou o Grupo Way, único outra participante em leilão realizado na sede da B3, em São Paulo.
O lote 5 abrange 430,7 quilômetros de estradas que cruzam as regiões Oeste e Noroeste do Paraná, conectando o Estado a Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e ao Paraguai. A previsão é de R$ 11,6 bilhões em investimentos ao longo dos 30 anos de contrato. Do montante total, R$ 6,6 bilhões serão destinado a obras (capex) e R$ 5,1 bilhões para a conservação e serviços (opex).
O Grupo Way também participou da disputa, ofertando um desconto de 16,70%. No entanto, como a diferença entre os lances foi maior do que 20%, a disputa não foi a viva-voz e a gestora foi consagrada vencedora, conquistando seu segundo bloco de rodovias do Paraná. Tendo em vista que o Patria ofereceu um desconto acima de 18%, o edital determina que a concessionária faça um aporte adicional no projeto.
Esse foi o maior deságio para um leilão rodoviário federal desde o fim de 2024, quando a Motiva (antiga CCR) venceu o Lote 3 do Paraná com um desconto de 26,6%. Essa é o segundo leilão consecutivo em que a marca é batida, já que a EPR ofereceu 21,3% para conquistar o Lote 4 na última quinta-feira, 23.
Participantes
O Patria venceu o primeiro e o último lote de rodovias paranaenses concedidas nos últimos anos. A gestora, que arrematou em 2023 o bloco 1, participou também da disputa pelo Lote 4, realizada na semana passada. Contudo, foi desbancada pela EPR, que acumula três dos seis lotes concedidos nos últimos anos. Já o bloco 3 é de responsabilidade da Motiva (ex-CCR), que também competiu no certame da última quinta-feira, 23.
Em meados de outubro, o Pátria anunciou o fechamento da captação de seu quinto fundo especializado em aportes em projetos de infraestrutura, o Patria Infraestrutura V. Foram R$ 15,4 bilhões (ou cerca de US$ 2,9 bilhões), no que se tornou o maior fundo para o setor já criado na América Latina.
O Grupo Way, por sua vez, ainda não atua no Paraná. Em parceria com a gestora Kinea, arrematou no ano passado um trecho em Minas Gerais da BR-262 conhecido como Rota do Zebu. A empresa deve assumir também a Rota Agro (BR-060/364/GO/MT), após o primeiro colocado na disputa ser desclassificado. Em maio, competiram ainda pela Rota da Celulose, quando um consórcio pela KInfra e a gestora Galápagos saiu vencedor.
Leilões em série
O leilão desta quinta encerra a série de seis certames de rodovias paranaenses, que tiveram início em 2023. As concessões somam mais de 3 mil quilômetros de estradas e investimentos ultrapassando R$ 60 bilhões. Com isso, a série promovida pelo governo federal, em parceria com o governo estadual, se consolida como o maior programa de concessões rodoviárias da América Latina, segundo o Ministério dos Transportes.
Esse foi o segundo leilão rodoviário realizado na B3 quinta.
Mais cedo, o Consórcio RDG Sinop venceu a disputa pelo Lote 6 de rodovias estaduais de Mato Grosso.
Por: Estadão Conteúdo 
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