A diretora-executiva (CEO) da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Ana Toni, afirmou nesta quinta-feira (23) que os países em desenvolvimento demandam que a verba para adaptação às mudanças climáticas seja triplicada. A presidência brasileira da COP30 lançou nesta quinta sua oitava carta à comunidade internacional com o foco na adaptação.
“Os países menos desenvolvidos têm uma demanda para triplicar o financiamento para adaptação, então o número é triplicar. Já teve uma decisão para duplicar o financiamento de R$ 20 bilhões para R$ 40 bilhões e agora eles querem triplicar”, afirmou, em conversa com jornalistas.
Segundo ela, entretanto, o desafio inicial é fazer com que esses recursos sejam implementados primeiramente, para depois se poder aumentar o financiamento. “Porque não é só um problema de quantidade, é um problema de acesso. Os países em desenvolvimento têm falado muito, porque não adianta ter muito recurso para adaptação. Se é recurso, por exemplo, do setor privado que tenha que pagar com dívidas muito altas”, disse.
Ela citou que, para driblar os altos custos de financiamento para adaptação, pensa-se em recursos públicos ou concessionais para que se possa dar aos países em desenvolvimento instrumentos para que estes se adaptem.
Na carta brasileira à comunidade internacional, O presidente designado da COP30, André Corrêa do Lago, afirmou que os recursos para adaptação ainda estão abaixo do que é investido em outras áreas da proteção climática, como a mitigação, por exemplo.
“Apesar de compromissos sucessivos, o financiamento para adaptação ainda representa menos de um terço do total do financiamento climático, muito aquém das necessidades. A falta crônica de investimentos deixa os países vulneráveis, obrigando-os a desviar recursos escassos da saúde, da educação e da infraestrutura para respostas emergenciais e ações de recuperação”, escreveu.
A ideia do documento é colocar a adaptação como prioridade e parte do processo evolutivo do ser humano. Ele apontou que, no mundo todo, os mais ricos têm conseguido se adaptar às mudanças climáticas, enquanto os mais pobres lidam com as consequências mais danosas.
“Elevar a adaptação também exige uma combinação estratégica de instrumentos financeiros e uma cooperação internacional mais robusta. Em minhas viagens, ouvi repetidamente que acelerar o financiamento para adaptação é essencial para proteger comunidades e garantir conquistas de desenvolvimento – e que esse financiamento precisa ir além de dobrar, podendo até triplicar, para atender às necessidades urgentes”, completou, na carta.
Por: Estadão Conteúdo
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