Ouro cai quase 3% com redução na demanda por ativos de segurança

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O ouro fechou a sessão desta segunda-feira (27) em queda, chegando a cair abaixo do valor de US$ 4.000 na mínima do dia. O metal precioso foi pressionado por expectativas de avanços nas negociações entre os Estados Unidos e a China, que alimentaram o apetite por risco de investidores.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em queda de 2,85%, a US$ 4.019,7 por onça-troy.

O metal oscilou durante o dia, chegando a atingir US$ 3.985,9 no fim da manhã, com grandes expectativas de que Washington e Pequim cheguem a um acordo para impedir que novas tarifas contra a China entrem em vigor no mês de novembro. Nesta segunda-feira, Donald Trump afirmou que existe uma “boa chance” de o acordo ser firmado. Trump se reúne com o presidente chinês Xi Jinping na quinta-feira (30). Para analistas do Forex.com, o mercado adotou uma postura de “maior apetite por risco, diminuindo a demanda imediata por ouro como proteção”.

A queda do metal acontece apesar da expectativa de que o Federal Reserve (Fed) faça um novo corte de juros. Dados de inflação publicados na sexta-feira (24) contribuíram com as expectativas do mercado de flexibilização na reunião desta semana.

Com as notícias, analistas estão divergindo sobre o futuro do metal. A Capital Economics afirma que a trajetória do ouro parece “uma bolha de mercado em seu estágio final”, com a expectativa de que os preços caiam para US$ 3.500 até o fim de 2026. Enquanto isso, o HSBC avalia que o metal deve manter um preço médio de US$ 4.600 por onça-troy no próximo ano, com um pico de US$ 5.000 no início de 2026: “No curto prazo, esperamos alguma volatilidade e qualquer aumento no risco deverá sustentar o ouro”.

A prata acompanhou o movimento do ouro e encerrou em queda de 3,72%, a US$ 46,774 por onça-troy.

*Com informações de Dow Jones Newswires.



Por: Estadão Conteúdo

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