Oi tem prejuízo líquido de R$ 835 milhões no 2º trimestre


A Oi, em recuperação judicial, apresentou prejuízo líquido de R$ 835 milhões no segundo trimestre de 2025, conforme divulgação realizada no período da noite da quinta-feira, 4, após o fechamento do mercado financeiro. A perda foi decorrente da redução no faturamento após as vendas de banda larga e TV paga, além das elevadas despesas com juros da dívida.

O resultado do segundo trimestre também representa uma reversão perante o lucro líquido de R$ 15 bilhões no segundo de 2024 – naquela época, porém, a operadora havia acabado de aprovar seu plano de recuperação, com descontos na dívida que geraram um ganho de natureza contábil, turbinando o lucro.

As operações da Oi permanecem em estado crítico. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em R$ 91 milhões de abril a junho, perda 8,6% maior na comparação anual.

A receita líquida foi a R$ 714 milhões, redução de 66,7% na mesma base de comparação. Este foi o primeiro trimestre completo sem as receitas provenientes das operações de fibra ótica e TV.

O principal negócio remanescente, a Oi Soluções (conectividade e TI para empresas), teve receita de R$ 342 milhões, baixa de 23,7% na comparação anual. Segundo a Oi, essa queda provém da menor base de clientes e do foco em projetos com maior rentabilidade.

A receita da Oi com suas subsidiárias (serviços de rede, manutenção e call center) somou R$ 267 milhões, crescimento de 66,8% na comparação anual. Após a venda do negócio de banda larga, a Oi passou a atuar como prestadora de serviço para a ex-empresa, gerando receita extra.

Já o faturamento com serviços legados, como chamadas de voz, foi de R$ 74 milhões, 66,5% menor, em decorrência da queda na demanda.

No campo dos custos e despesas operacionais, a cifra foi de R$ 804 milhões, corte de 63,9%, puxada pelas vendas das operações e desmobilizações de equipes. Já o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 353 milhões, puxada pelos juros da dívida.

No período, a Oi teve queima de caixa de R$ 139 milhões, 39% inferior na comparação anual. Após a venda de ativos, foi possível cortar despesas e investimentos. O capex foi de R$ 41 milhões no trimestre, redução de 39%.

A companhia tem dívida líquida de R$ 10 bilhões, montante 50,9% maior na comparação anual. Após a aprovação do plano de recuperação, a operadora obteve novos financiamentos.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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