Niterói paga R$ 55 mil por traslado do corpo de Juliana Marins da indonésia ao Brasil


A prefeitura de Niterói (RJ) pagou R$ 55 mil pelo traslado do corpo de Juliana Marins da Indonésia ao Brasil. O valor foi repassado à família da publicitária de 26 anos na quinta-feira, 26.

Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, na Ilha de Lombok, na Indonésia, no sábado passado, dia 21, quando caiu na cratera do vulcão. Quando as equipes de socorro chegaram até ela, dias depois, constataram que já havia morrido.

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), recebeu na quinta-feira a família de Juliana, que mora na cidade. Neves firmou na ocasião compromisso de arcar com o traslado do corpo e anunciou batizar o mirante e a trilha da Praia do Sossego, em Camboinhas, com em homenagem à publicitária.

“Ontem a gente encontrou com o prefeito Rodrigo Neves. Para quem tem dúvida, a prefeitura de Niterói vai pagar o traslado do corpo da Juliana para o Brasil. Niterói está fazendo questão muito grande pela Juliana. Ela amava Niterói, ela apaixonada pelas praias. Ela amava de paixão. Então é muito bonito ver essa atitude da prefeitura”, declarou a irmã de Juliana, Mariana Marins, numa publicação nas redes sociais.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha afirmado que vai substituir o decreto que impede que o governo brasileiro custeie o traslado do corpo de Juliana Marins por uma nova norma que autorize a operação.

Durante evento na Favela do Moinho, em São Paulo, o presidente esclareceu que um decreto de 2017 proíbe que o Ministério das Relações Exteriores pague o traslado de brasileiros mortos no exterior. Diante disso, ele afirmou que vai revogar o texto, além de editar um novo decreto permitindo o custeio.

“Vou revogar esse decreto e vou fazer outro decreto para que o governo brasileiro possa custear a vinda dessa jovem. Hoje pela manhã eu falei com o pai dela”, disse Lula. “Sei que muita gente está acompanhando pela internet o sofrimento dessa moça e o sofrimento da família. Portanto, nós vamos cuidar de todos os brasileiros, esteja ele onde estiver”, completou.

Para além da comoção do caso Juliana Marins, o risco de enfrentar mais uma crise de popularidade foi um fator que pesou na decisão do presidente Lula para mudar as regras.

Nas redes sociais, adversários do petista questionavam por que o governo havia usado a Força Aérea Brasileira “para importar corrupto” mas não podia arcar com gastos para trazer a turista que morreu tragicamente na Indonésia. O tema ganhou tração no debate virtual nos últimos dois dias.

A indagação era uma referência ao fato de o governo ter autorizado, em abril, o transporte da ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, condenada por lavagem de dinheiro. A mulher do ex-presidente Ollanta Humala conseguiu asilo político no Brasil.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

Recent Posts

Seleção masculina derrota a Itália na Liga das Nações de vôlei com 31 pontos de Alan

Com 31 pontos do oposto Alan, a seleção brasileira masculina passou pelo seu primeiro grande…

15 minutos ago

Jonathan Tah prevê ‘jogo fora de casa’ contra o Flmaengo no Mundial e pede seriedade ao Bayern

Apontado como favorito diante do Flamengo, o Bayern de Munique não quer saber de menosprezar…

37 minutos ago

Coritiba vence o Athletico no clássico paranaense e dorme na liderança da Série B

O Coritiba assumiu a liderança provisória da Série B do Campeonato Brasileiro ao vencer, por…

47 minutos ago

Projeto de lei de Trump destruirá milhões de empregos nos EUA, diz Musk

Em um post em sua rede social X, o bilionário Elon Musk, CEO da Tesla,…

1 hora ago

veja quem tem direito ao benefício social sancionado por Lula

Por Redação O Estado de S. Paulo - 28/06/2025 19:51 O presidente Luiz Inácio Lula…

2 horas ago

This website uses cookies.