Neta de Lula diz que Janja não é uma primeira-dama ‘típica’ e ajuda a ‘blindar’ o avô


A neta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Maria Beatriz da Silva Sato Rosa, conhecida como Bia Lula, afirmou que a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, “não é uma primeira-dama típica”. Segundo Bia Lula, ao limitar o acesso ao presidente, Janja ajuda a “blindar” a imagem do presidente.

“Janja não é uma primeira-dama típica: gosta de trabalhar, botar a mão na massa”, disse Bia Lula em entrevista ao portal Metrópoles. “Cumpre bem seu papel, e as pessoas sempre vão falar, porque é mulher, porque é esposa do presidente, porque aparece mais do que o esperado. Mas eu acho que ela faz um ótimo trabalho”, afirmou.

A comunicóloga de 27 anos é a neta mais velha de Lula e tem ganhado destaque nas redes sociais ao comentar temas políticos. Em julho, Bia Lula publicou um vídeo com críticas ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo tarifaço a produtos brasileiros nos Estados Unidos. Neste mês, a neta de Lula postou uma gravação em que ironiza a prisão domiciliar de Bolsonaro.

Ao Metrópoles, Bia Lula elogiou o trabalho da primeira-dama na comunicação pessoal do presidente. Segundo a comunicóloga, os registros de Janja trazem a Lula “um olhar mais humano”.

“A Janja é completamente antenada. Vai pesquisando, sabendo de tudo. Ela grava, sim, meu avô em momentos íntimos, e se dá super bem com tecnologia. Acho que ela traz de volta um olhar mais humano para o meu avô, que tinha se perdido com tantos escândalos, prisão, notícias ruins. Os vídeos dela mostram esse lado mais próximo: ele plantando uma árvore, pescando, cuidando dos animais abandonados. Isso aproxima o povo”, disse Bia Lula.

Para a neta do petista, as críticas a Janja explicam-se por um “machismo estrutural enraizado”. Sobre a limitação de acesso ao presidente, queixa de aliados de Lula, a neta afirmou que pode haver “ciúme” daqueles que gostariam de estar mais próximos do presidente. “Mas, bem ou mal, ela ajuda a blindar a imagem do meu avô, e isso protege. Acho que ela faz de tudo para ajudá-lo, jamais para prejudicá-lo. Quem ama não quer prejudicar.”

Como mostrou o Estadão, mesmo sem cargo no governo federal, Janja representou o Brasil em diversos eventos e cerimônias no exterior. O “time informal” da primeira-dama já custou mais de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, entre valores com translado e diárias.



Por: Estadão Conteúdo

Estadão

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