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Não vi relatório de inflação, mas continuamos acreditando no crescimento acima de 2%


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 27, que o governo mantém sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,3% este ano, apesar do Banco Central (BC) ter revisto sua projeção de 2,1% para 1,9% no Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado nesta quinta.

“Eu não vi o relatório, mas nós continuamos com a previsão de crescimento da economia brasileira na forma da lei orçamentária, nós não revimos ainda o PIB, nós continuamos acreditando num crescimento acima de 2%”, disse o ministro. Em fevereiro, a Secretaria de Política Econômica (SPE) revisou a projeção para o PIB de 2025 de 2,5% para 2,3%.

Haddad disse que os dois órgãos são sérios e têm liberdade de fazer prognósticos, mas reiterou que são apenas “aproximações” – apesar de as estimativas da SPE, segundo ele, terem ficado mais próximas do cenário realizado nos últimos dois anos.

“Eu penso que a Secretaria de Política Econômica tem feito um bom trabalho de dois anos para cá no sentido de se aproximar mais fidedignamente das projeções do que foi realizado. Nossas projeções têm sido bastante próximas do que de fato está acontecendo na economia brasileira. Mas enfim, todo o subsídio é bem-vindo, sobretudo de órgãos públicos com respeitabilidade técnica para informar a população”, afirmou.

O ministro também reiterou que tem o mesmo objetivo do BC de cumprir o regime de metas de inflação. “As declarações que eu dei recentemente a respeito da conduta do Banco Central vão na mesma direção, então eu não vejo dissonância entre as falas, muito pelo contrário, nós estamos com o mesmo objetivo de cumprir o novo regime de metas que foi inaugurado, que é o abandono do ano e a favor da meta contínua, justamente para dar ao Banco Central uma inteligência maior na trajetória de percepção da meta”, comentou.

Haddad disse ainda que o IBGE tem uma metodologia consagrada para o cálculo da inflação e que o próprio Banco Central já avalia núcleos de inflação nas suas análises, desconsiderando certos itens voláteis. O ministro foi questionado sobre a declaração dada esta semana pelo presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, em que elogiou o foco do Federal Reserve (Fed, banco central americano) nas decisões sobre política monetária ao núcleo de inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia.

“Na verdade, o Banco Central avalia os núcleos de inflação, muitas vezes eles desconsideram certa volatilidade de determinados preços, quer dizer, a análise dos núcleos já leva em consideração efeitos sazonais, determinado comportamento em virtude de choques externos, como é o caso de condições climáticas. O Banco Central tem uma metodologia de observância dos núcleos de inflação que efetivamente vão ao encontro daquilo que o vice-presidente imagina”, comentou Haddad.



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Estadão

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