O primeiro-ministro da França, François Bayrou, apresentou sua renúncia nesta terça-feira, 9, após perder de forma esmagadora um voto de confiança no Parlamento. Essa é a terceira queda de um chefe de governo em 14 meses. Bayrou durou apenas nove meses no cargo. Ainda assim, foi três vezes mais do que seu antecessor.
Ele apostou em um orçamento que exigia mais de 40 bilhões de euros em cortes. O plano congelava benefícios sociais, reduzia vagas no funcionalismo público e até eliminava dois feriados nacionais que muitos franceses consideram parte do seu ritmo de vida.
Bayrou alertava que, sem ação, a dívida pública – hoje em 114% do PIB – traria a “dominação pelos credores” tão certamente quanto por potências estrangeiras. Em vez disso, conseguiu unir seus inimigos. A extrema-direita de Marine Le Pen e uma aliança de esquerda votaram contra ele, por 364 a 194. Quando os deputados depositaram seus votos, Bayrou já havia convidado aliados para uma bebida de despedida.
O presidente Emmanuel Macron prometeu nomear um novo primeiro-ministro “nos próximos dias”. Há vários possíveis substitutos, entre eles: o ministro da Defesa, Sébastien Lecornu; o ministro da Justiça, Gérald Darmanin; o ex-premiê socialista Bernard Cazeneuve; e o ministro das Finanças, Eric Lombard.
As especulações aumentaram em torno de Lombard, que tem raízes em governos socialistas, já que Macron considera uma guinada à esquerda para assegurar uma coalizão suficientemente sólida. Mas o problema não é de pessoas. É de aritmética. Quem assumir enfrentará a mesma armadilha que consumiu Bayrou: aprovar um orçamento em um Parlamento que não consegue chegar a acordo. Fonte: Associated Press.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Por: Estadão Conteúdo